09/12/2020 11h47 - Atualizado em 09/12/2020 11h50

Confira as apresentações de nove pesquisas apoiadas pela Fapes sobre inovação na gestão pública e indústria capixaba

O seminário on-line foi realizado no dia 1º de dezembro, com projetos selecionados pelo Edital Fapes 20/2018 – Gestão e Competitividade.

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) promoveu, na última terça-feira (1º), o seminário de acompanhamento dos resultados parciais já alcançados pelas pesquisas realizadas com o apoio do Edital 20/2018 – Gestão e Competitividade. Foram investidos R$ 1,2 milhão em recursos oriundos do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec) para fomentar pesquisas que envolvam a formulação de políticas públicas focadas na inovação para gestão pública e também para a competitividade das empresas capixabas.

Os projetos abordam temas como Inteligência Artificial, big data, Internet das Coisas e Indústria 4.0. O evento foi transmitido pela página da Fapes no Facebook e contou com a participação dos coordenadores dos nove projetos que estão em andamento desde o início de 2019.

Durante a abertura do seminário, a diretora técnico-científica da Fapes, Denise Rocco de Sena, demonstrou entusiasmo com os resultados alcançados. “É gratificante testemunhar o desenvolvimento de projetos tão importantes para a sociedade”, destacou. “Desejamos muito sucesso na continuidade dos trabalhos e reforçamos a importância da Fapes no fomento a projetos que trazem benefícios para a vida dos capixabas”, ressaltou Denise de Sena.

Vidros de resíduos de rocha ornamentais

O professor Gilson Silva Filho, do Centro Universitário São Camilo, coordena o trabalho feito com a utilização dos resíduos do beneficiamento de rochas ornamentais como matéria-prima para a fabricação de vidros sodo-cálcicos. O produto é ecologicamente sustentável, feito sem utilizar areia natural ou outra fonte auxiliar de sílica (SiO2), apresentando uma grande solução para problemas ambientais por meio de uma alternativa econômica.

O coordenador do projeto destacou a importância dos estudos que permitiram avaliar tecnicamente e economicamente uma proposta sustentável para a utilização do vidro produzido pelo tratamento desse resíduo.

O desenvolvimento do projeto conta com a parceria de artesãos locais para fabricação de artefatos e, logo depois de iniciado, já chamou a atenção, conquistando o segundo lugar no Prêmio Biguá de Sustentabilidade, promovido pela TV Gazeta Sul. O potencial inovador ficou evidente com duas patentes depositadas a partir do projeto. Além disso, a equipe participou das feiras de rochas ornamentais em Cachoeiro de Itapemirim e em Vitória, a Stone Fair, no ano de 2019.

IA no diagnóstico de lesões de pele

Um aplicativo para auxílio ao diagnóstico de lesões de pele, baseado em imagens de smartphones e informações clínicas, foi apresentado pelo professor Renato Antônio Krohling. Para o desenvolvimento, foi criada uma base de dados com imagens dos principais tipos de lesões de pele e informações clínicas de pacientes.

Foram implantadas novas metodologias e algoritmos para a fusão de imagens de lesão com informações clínicas do paciente, usando inteligência artificial com resultados similares a de um especialista. O aplicativo, que está em fase de elaboração do protótipo, servirá para auxiliar no diagnóstico do câncer de pele, com imagens da câmera do celular e informações clínicas do paciente.

Cuidado inteligente da saúde materna e infantil

O projeto coordenado pelo professor Edson Theodoro Santos Neto revela uma estratégia de aperfeiçoamento dos processos de trabalho que envolvem a saúde materno-infantil, para trazer uma metodologia viável à estratégia de saúde da família e ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Embora o acesso aos serviços de saúde pública no Espírito Santo seja significativo, o processo e a qualidade de assistência ao pré-natal, ao parto e à criança ainda resultam em mortes de mulheres e crianças, que poderiam ser evitadas”, ressaltou Edson Santos Neto.

O objetivo da pesquisa é desenvolver tecnologias de cuidado inteligente da saúde materna e infantil na atenção básica, por meio de monitoração informatizada, orientação familiar e intervenção precoce. O pesquisador revela a expectativa de que a ferramenta seja uma estratégia inovadora e efetiva para ser incorporada ao SUS, representando um avanço, a longo prazo, na saúde geral da população.

Gestão e Competitividade

A programação do Seminário Gestão e Competitividade contou, no período da manhã, com apresentações referentes ao tema "Desenvolvimento da Indústria do Espírito Santo" dos seguintes projetos:

- Recomendações e exemplos de implementações do conceito de Indústria 4.0 para as empresas capixabas.
Cassius Zanetti Resende, Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Campus Serra.

- Resíduos do beneficiamento de rochas ornamentais como matéria-prima para a produção de vidros: otimização da produção e aplicação nobre do produto obtido.
Gilson Silva Filho, São Camilo/Cachoeiro de Itapemirim.

- Desenvolvimento de norma para rochas artificiais e vidros utilizando resíduos do processamento de rochas ornamentais.
Monica Castoldi Borlini Gadioli, Cetem/Cachoeiro de Itapemirim.

- Estudo da cadeia produtiva de alimentos e bebidas derivados da fruticultura.
Edileuza Aparecida Vital Galeano, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Vitória.


Já o período da tarde foi destinado aos projetos que abordam o tema "Inteligência Artificial, big data, blockchain e Internet das Coisas aplicadas às Políticas Públicas".

- Cidades Inteligentes e Segurança Pública no Espírito Santo.
Anilton Salles Garcia, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Campus Vitória.

- Um aplicativo para auxílio ao diagnóstico de lesões de pele, baseado em imagens de smartphones e informações clínicas.
Renato Antônio Krohling (Ufes/Vitória).

- Redes neurais profundas no apoio à fiscalização.
Teresa Cristina Janes Carneiro, Ufes/Vitória.

- Cuidado inteligente da saúde materna e infantil na atenção básica.
Edson Theodoro dos Santos Neto, Ufes/Vitória.

- Detecção de retinopatia diabética com deep learning.
Bruno de Freitas Valbon, Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam)

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