O evento aconteceu na Praça do Papa, em Vitória, com entrada gratuita.
O maior evento de inovação do Espírito Santo e um dos maiores do Brasil, a ESX, foi sucesso em seus três dias de programação. E a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) participou ativamente com estande próprio, gravação de podcasts e a participação em diversos painéis. O festival aconteceu da última quinta-feira (10) até sábado (12) e movimentou não só o ecossistema de inovação de todo o Estado, mas também estudantes, empresas, instituições de ensino e entusiastas da área.
Na manhã da última sexta-feira (11), o diretor de Inovação da Fapes, Elton Moura, foi convidado pelo Sebrae-ES para participar da abertura do Eli Summit, evento fechado e destinado as startups participantes do ESX.
“Foi importante apresentar que a Fapes não faz nada sozinha. Os parceiros são quem compõem o ecossistema. As academias, incubadoras, aceleradoras, núcleos de inovação tecnológica, órgãos como o Sebrae, a Secti (Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional) e o Governo do Estado de maneira geral. Todos têm papéis importantes no fortalecimento do ecossistema capixaba de inovação. Então, para que os nossos editais possam ter sucesso e chegar a quem precisa realmente inovar, precisamos de todos esses atores alinhados e engajados”, explicou Elton Moura.
Ele também apresentou as ações de fomento à inovação oferecidas pela Fapes. “São muitos editais e parcerias com esse propósito. Ao todo, temos 14 editais somente para inovação. Editais que apoiam startups em toda trilha da inovação, desde a fase da ideação até escala. Chamadas públicas que contemplam projetos de inovação em TRL 1 a 9, além da internacionalização. Isso sem falar dos outros editais da Fapes que apoiam projetos de pesquisa e extensão que também têm inovação”, afirmou o diretor de Inovação.
Painel sobre internacionalização da inovação capixaba
Ainda na última sexta-feira (11), a Fapes idealizou e organizou o painel “Ecossistemas de inovação sem fronteiras: estratégias internacionais para colaboração em ciência, tecnologia e empreendedorismo”, no Palco Acelera.
“A Fapes tem um programa de internacionalização de startups, o BSW. E com este programa ficou muito claro que nós temos tudo para conquistar espaço fora do Estado, em outros locais, sobretudo fora do Brasil. Falta oportunidades e estímulo. Por isso que a gente resolveu trazer profissionais que fazem a internacionalização acontecer em seus territórios. Eles vão falar como preparar a sua população, no caso os capixabas, para entender que esse é um caminho que pode ser trilhado. Nós temos potencial para isso. O que precisamos é começar”, explicou o diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão, sobre a idealização do painel.
Participaram da conversa a gestora de Operações e Empreendedorismo da Tecnopuc — Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) —, Flávia Fiorin, e o representante suplente de Baden-Württemberg, da Alemanha no Brasil, Andreas Friedrich Olpp. A mediação ficou por conta do CEO da Bcome Global, Claudio Goldbach.
“O relacionamento com a Fapes vem se construindo já há algum tempo, e ele está muito pautado em um objetivo estratégico do Tecnopuc em estabelecer uma atuação ecossistêmica, em rede e em prol de um desenvolvimento que é onde a inovação encontra a real possibilidade de realização. É a atuação colaborativa e a partir de conexões qualificadas em diversas instâncias”, comentou Flávia Fiorin.
A gestora do Tecnopuc também falou da importância das conexões para o impulsionamento da inovação. “A gente entende, acredita e atua na inovação dentro de um processo de hiperconexão. A gente entende que a inovação não pode acontecer só dentro das instituições, ou de localidades, ou limitada por espaços geográficos. E o Espírito Santo vem com uma pauta, por meio da abordagem da Fapes, muito convergente com esse modelo de atuação”, disse.
Sobre a pauta da internacionalização da inovação idealizada pela Fapes, Flavia Fiorin afirma que a internacionalização é necessária quando se fala de inovações disruptivas. “Temos no Tecnopuc duas das principais empresas globais norte-americanas e inglesas que atuam em projetos de semicondutores que são produzidos no mundo inteiro e utilizados da mesma forma. Então, a pauta da internacionalização é quase como uma premissa para o desenvolvimento disso. Essa foi a abordagem e a provocação que a gente fez no painel desta sexta-feira (11), conectando tanto a experiência do Rio Grande do Sul, do Espírito Santo, do Brasil, dentro de um olhar global”, salientou.
Painel sobre oportunidades de fomento
No mesmo horário, porém no palco Conexão, o diretor de Inovação da Fapes, Elton Moura, participou do painel “Oportunidades de Fomento: investindo no presente para impactar o futuro”, junto da gerente de Marketing do Instituto Contabilidade Consultiva (ICC), Priscila Ricardo.
“Foi um conteúdo rico para o público presente porque puderam conhecer as oportunidades da Fapes para inovação em toda trilha que uma startup segue até alcançar sucesso internacional. Além de poderem tirar dúvidas”, explicou o diretor de Inovação da Fapes.
Cases de sucesso no estande da Fapes
Paralamente aos painéis, o estande da Fapes ficou aberto para o público conhecer a atuação do Governo do Estado no fomento da ciência, tecnologia e inovação capixaba. Nos três dias do evento, projetos apoiados financeiramente pela Fundação expuseram seus resultados de forma interativa. Ao todo, seis projetos, de diferentes áreas, foram expostos.
Um dos projetos foi a “Prótese robótica para pessoas amputadas”, coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Mecânica e Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Rafhael Andrade.
“A gente vê tanta coisa interessante aqui e ter o nosso projeto sendo exposto é uma honra. A gente tem trabalhado nesse projeto há muitos anos e com o apoio da Fapes, por meio dos editais PPSUS e Universal, estamos aprimorando passo a passo essa tecnologia e acrescentando outras funcionalidades”, comentou o professor Rafhael Andrade.
Ele também falou do impacto que a prótese representa para o Brasil. “Essa prótese representa para nós um marco não só no Estado, mas no Brasil, porque é a única prótese robótica com tecnologia desenvolvida dentro do País, e ela tem a possibilidade de ajudar centenas de milhares de pessoas amputadas no Brasil. Só nos últimos dez anos foram cerca de 500 mil amputações no SUS (Sistema Único de Saúde). Com a próteses, esses amputados passam a ter mobilidade e são capazes de fazer atividades do cotidiano”, explicou o coordenador do projeto.
Outra iniciativa foi o "Explorando fronteiras virtuais: Realidade Virtual (RV) como instrumento para o ensino de química", realizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) – Campus São Mateus. O projeto foi comandado pelo coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Ifes, Thomaz Botelho, e apoiado pela Fapes no edital do Programa de Iniciação Científica Júnior do Espírito Santo – Pesquisador do Futuro (PIC Jr), que concede bolsas de iniciação científica júnior (IC Jr) a estudantes da Rede Básica do ensino público para que eles tenham a oportunidade de vivenciar a pesquisa científica.
Luanderson Reis foi um dos estudantes do Ensino Médio do Ifes que recebeu bolsa de IC Jr para participar do projeto. Para ele, participar do estudo foi uma experiência enriquecedora. “Eu tive a oportunidade de poder colocar em prática o meu projeto e poder tirar realmente do papel e fazer acontecer uma coisa que nos ajudou muito a facilitar realmente o ensino da química, que é o objetivo do nosso projeto”, contou o estudante.
O projeto foi premiado na Feira de Ciências e Inovação Capixaba de 2024, a FECINC, em 2º lugar em Exatas. Na ESX, a equipe levou os óculos de RV para o público experimentar o game, o que resultou em grandes filas de espera com pessoas interessadas.
“Foi muito legal esse convite da Fapes para a gente vir à ESX. Primeiro porque a gente vai poder mostrar para várias pessoas o nosso projeto, que trabalhamos muito para poder deixar ele como está hoje. Então, acho uma ideia incrível poder trazer aqui e dar oportunidade para várias pessoas conhecerem o trabalho que a gente fez”, afirmou Luanderson Reis.
Os outros projetos expostos foram:
Podcast
A Fapes, em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), gravou dois episódios de podcast e videocast durante a ESX. Foi montado estúdio no estande da Fundação, que vai lançar em breve as gravações. O PODInovação na Fapes será disponibilizado no canal da Fundação no YouTube e nas plataformas de áudio.
O primeiro episódio se chamada “Ciência e inovação com impacto: como o apoio da Fapes muda histórias” e foram entrevistados dois projetos contemplados pela Fapes: PadTech e startup Original Box. No segundo episódio, foi gravado com os diretores-gerais da Fundação, Rodrigo Varejão, e do IJSN, Pablo Lira. O tema foi “A força da parceria para transformar o Espírito Santo”.
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