16/11/2017 10h52

Sistema desenvolvido por alunos de escola pública prevê possibilidade de enchente de rio

Os estudantes desenvolveram um aplicativo que avisa ao morador quando o rio pode causar enchente, prevenindo danos mais graves

Há anos, moradores da Serra, mais especificamente da região do Rio Jacaraípe, sofrem em épocas de fortes chuvas, com casos de enchentes na região, acarretando a perda de bens, proliferação de doenças e até casos de morte durante estes períodos.

Para tentar minimizar estes impactos negativos e buscar uma solução para o problema, o pesquisador e professor Saymon Castro de Souza implantou na Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Fernando Duarte Rabelo um Programa de Iniciação Científica Júnior (Pic Júnior), com o objetivo de desenvolver junto com os alunos um sistema capaz de prever enchentes no rio.

O programa é realizado pelo Governo do Estado por meio de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), que também realiza o acompanhamento dos projetos. Podem participar até 10 alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, dois professores e dois estudantes de graduação.

Durante a elaboração da pesquisa, o Pic Júnior tem o objetivo de funcionar como um curso para os alunos, que aprendem novos conhecimentos e desenvolvem atividades além do ensino regular. “Os alunos realizaram pesquisas relacionadas ao impacto ambiental, social e urbanístico, além de entrarem em contato com áreas de pesquisa da computação e da engenharia”, destacou o professor e coordenador do projeto, Saymon.

A pesquisa, nomeada de “O uso de redes de sensores para monitoramento da bacia hidrográfica do Rio Jacaraípe para predição de enchentes”, abreviada para Moppe, já chegou ao estágio final e conta com um protótipo e um aplicativo. “O conteúdo que estes estudantes aprenderam eu tive contato apenas no 6º período da faculdade de engenharia de controle e automação.  É uma oportunidade única em que, ao mesmo tempo que eu ensino, aprendo com eles, e vice-versa”, destacou Reginaldo Gutter, monitor do programa e graduando no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

Funcionamento

O objetivo do projeto foi desenvolver um dispositivo com capacidade de sensoriamento e comunicação sem fio, para o monitoramento da Bacia Hidrográfica do Rio Jacaraípe na predição de enchentes. A equipe criou um protótipo para realizar toda a simulação, com os sensores implantados, a fim de medir dois níveis: o de alerta e o crítico.  “Conforme os sensores são acionados, os leds são acesos indicando o estado atual. Caso o sistema seja implantado no rio, os moradores podem acompanhar em tempo real, por meio do aplicativo, como está o nível do rio, podendo se prevenir para enchentes”, destacou Victor Cristian Aguiar, de 17 anos, um dos alunos do projeto.

Como resultado esperado, além da formação e do desenvolvimento do pensamento crítico sobre os impactos decorrentes da situação atual da Bacia Hidrográfica do Rio Jacaraípe, espera-se a conclusão do contato introdutório com a área de pesquisa durante a construção do dispositivo de monitoramento, ampliando as perspectivas dos alunos sobre pesquisa científica.

Pic Júnior

O Pic Junior é desenvolvido com recurso do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e inovação do Espírito Santo (Fapes), por meio de abertura de editais. O objetivo do programa é tratar um problema real da sociedade, a partir da metodologia, científica para resolver o problema na medida em que isso possa ser palpável para alunos de Ensino Médio.

Anualmente são realizados seminários de avaliação de resultados a fim de verificar como está sendo o andamento de cada pesquisa. "O objetivo é despertar o interesse pela pesquisa científica nos estudantes, proporcionar ainda mais conhecimento e auxílio nos estudos, incentivar que os alunos entrem na universidade e posteriormente se tornem pesquisadores", destacou o presidente da Fapes, José Antônio Bof Buffon.

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