Para aplicar a gamificação na escola, a professora e os alunos criaram um totem interativo.
Um dos maiores problemas atuais da sociedade mundial são as fakes news. Pensando nisso, o projeto “BioGuardiões”, realizado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em parceria com a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Maria José Zouain de Miranda, da Serra, promoveu a conscientização de estudantes do 6º ao 8º ano da escola por meio de estratégias inovadoras com uso da gamificação para combater as fakes news nas áreas de biologia celular e saúde. O projeto foi desenvolvido com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), por meio do edital do Programa de Iniciação Científica Junior do Espírito Santo – Pesquisador do Futuro (PIC Jr).
A coordenação do projeto foi realizada pela professora de Educação Física da Ufes, Márcia Holanda, e contou com a participação de universitários do curso de Design também da Ufes. Além da coordenadora e membros da equipe receberem bolsas da Fapes, os alunos do Ensino Médio da EEEFM também receberam bolsas para atuarem na pesquisa. Para eles, a bolsa recebida foi de iniciação científica junior (IC Jr) no valor de R$ 400,00 mensal, o que torna possível que alunos do ensino básico público tenham oportunidade de vivenciar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação e se tornem futuros pesquisadores.
“Esse é o objetivo do PIC Jr. Oportunizar que crianças e jovens da Educação Básica pública capixaba vivenciem a ciência, a tecnologia e a inovação lado a lado com um pesquisador, com um cientista. Dessa forma o Governo do Estado investe no hoje com o olhar no amanhã! O edital do PIC Jr é recorrente da Fapes e o abrimos todos os anos porque entendemos que é o nosso maior e melhor instrumento de sensibilização do jovem estudante, tanto para que ele deseje ingressar num curso superior quanto para que entenda e sonhe em ser um pesquisador”, explicou o diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão.
Como o projeto atuou no combate as fake news
O objetivo do “BioGuardiões” é levar tecnologia digital às escolas, reforçando o combate às fake news, incentivando uma abordagem crítica e promovendo o engajamento dos alunos com o conteúdo. Além disso, busca adaptar práticas educativas para diferentes gerações, por meio de metodologias ativas. Para aplicar a gamificação, a professora e os alunos criaram um totem interativo.
O totem foi criado para que os alunos possam aprender e se informar simultaneamente. Os temas abordados incluíram vacinação, engenharia genética, saúde e doenças. “O totem tinha um mapa inicial e vários links de jogos com temas diferentes a cada semana. A competição durou três semanas, e o ranking era exibido no mural da escola”, explicou a coordenadora Márcia Holanda, destacando que a turma vencedora ganhou um passeio pelo museu de Ciências da Vida da Ufes.
A estudante Naiara Almeida, da 1ª série do Ensino Médio foi uma das bolsistas de IC Jr do projeto. Foi a primeira vez que ela trabalhou com pesquisa científica. “Foi divertido e interessante. Se pudesse participaria de novo. O trabalho foi muito importante para a aprendizagem do conteúdo e para ganhar experiência com a pesquisa científica, além de o nosso trabalho ter feito com que outros alunos da escola se interessassem mais pela ciência”, disse Naiara Almeida.
Apoio da Fapes
O trabalho "BioGuardiões – uso da metodologia de gamificação associada à tecnologia digital contra as fakes news no ambiente escolar" foi apoiado pelo Edital 12/2023 – PIC Jr, que tem o objetivo de incentivar que alunos da Rede Pública de Ensino Básico atuem com pesquisa científica, tecnológica e de inovação, por meio de bolsas de iniciação científica júnior. O PIC Jr conecta pesquisadores a escolas públicas para que projetos de pesquisa sejam desenvolvidos pelos estudantes. O edital recebeu um investimento superior a R$ 4 milhões para apoiar os projetos inscritos. No total, 230 propostas foram submetidas. Dessas, 206 foram contempladas.
“O apoio da Fapes é significativo. O edital forneceu recursos financeiros para a compra de materiais, equipamentos e outros itens, além das bolsas. Ser contemplado no edital por uma instituição respeitada como a Fapes aumenta a visibilidade do projeto e a credibilidade da equipe”, afirmou a coordenadora Márcia Holanda.
Texto de Rafaela Aguiar e Samantha Nepomuceno
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