04/05/2013 15h39 - Atualizado em 10/08/2015 15h32

Pterossauro de 8,2 metros de diâmetro é apresentado por grupo de pesquisadores apoiado pela Fapes

O terceiro maior Pterossauro do mundo foi encontrado em terras nordestinas pela pesquisadora Taissa Rodrigues, professora do Centro de Ciências Agrárias e orientadora no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes-Alegre), que divulgou, junto com seu grupo de trabalho, a descoberta do mais importante réptil voador pré-histórico descoberto no Brasil. A pesquisa teve apoio essencial do Edital CNPq/FAPES nº 002/2011 – Programa Primeiros Projetos – PPP, da Fundação de Amparo a Pesquisa do Espírito Santo ( Fapes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que visa financiar pesquisas de Jovens Doutores.

A pesquisa da qual Taissa faz parte,faz a descrição de 3 gigantes voadores encontrados no grande depósito fossilífero na Chapada do Araripe e estão em acervo no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O fóssil principal, que causou repercussão internacional e foi divulgado nos principais jornais brasileiros, é da espécie Tropeognathus cf. mesembrinus mesembrinus, tem 8,2 metros de abertura alar e viveu há 110 milhões de anos atrás, antes um período anterior ao do que se especulava em outros trabalhos prévios. É a primeira prova de que pterossauros de mais de 8 metros de diâmetrotão gigantes viveram na Gondwuana, o supercontinente que unia os continentes do Hemisfério Sul do planeta há mais de 200 milhões de anos atrás. O mais importante é que grande parte do esqueleto está preservado, incluindo o crânio, sendo que outros descobertos nos EUA e China tinham partes muito fragmentadas.

A Pesquisa Evolução Morfológica em Pterossauros

O Edital Programas Primeiros Projetos, parceria da Fapes com CNPq, tem o objetivo de apoiar pesquisas e a fixação de recém-doutores visando a criação de núcleos de pesquisa e criou a oportunidade que a professora doutora Taissa Rodrigues Marques da Silva precisava para desenvolver sua pesquisa “Evolução Morfológica em Pterossauros” no Departamento de Biologia do CCA/UFES.

Doutora em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Taissa descreve a importância da Fapes na pesquisa. “Graças ao apoio da Fapes, fui selecionada no edital PPP e pudemos adquirir equipamentos que permitiram o estudo dos pterossauros pertencentes a este importante acervo e que necessitavam de dedicação para serem descritos”, disse a pesquisadora.

O projeto apoiado pela Fapes prevê, entre outros, o estudo de material depositado em Museus, como é o caso do Pterossauro apresentado pelos pesquisadores no Rio de Janeiro.  Um dos focos do projeto é o estudo da diversidade, explica Taissa. “O estudo deste animal aumenta o conhecimento que temos sobre a diversidade de pterossauros, pois anteriormente desconhecíamos a presença de répteis voadores deste porte no hemisfério sul”.

Outro objetivo que Taissa tem em seu projeto é fundar um núcleo de pesquisas em Paleontologia no Espírito Santo. Apesar do Estado não ter depósitos sedimentares com fósseis de vertebrados relevantes, ela acredita que por meio de parcerias com outros grupos é possível estruturar um grupo de pesquisa forte e atuante aqui, que estude fósseis provenientes de outros locais, sejam eles já depositados em museus de qualquer parte do mundo, ou pesquisadores atuando em escavações em colaboração com outros grupos.

Segundo Taissa Rodrigues, “escavações paleontológicos são extremamente importantes para a descoberta de novas espécies, mas existe também um grande número de fósseis já escavados e depositados em coleções brasileiras, que permanecem sem ser propriamente descritos e realizar este trabalho né muito importante”.

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