A necessidade de proteção dos ecossistemas da Mata Atlântica por meio da utilização de geoprocessamento vem chamando a atenção de pesquisadores que buscam preservação dessa área. Com o objetivo de valorização do meio ambiente, o incentivo e expansão da inovação, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapes) apoia o projeto “Subsídios para atualização do plano de manejo do Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça visando à recuperação de áreas degradadas da Mata Atlântica utilizando Sistema de Informação Geográfica”.

O projeto visa à preservação da biodiversidade encontrada na Mata Atlântica a partir da utilização de coleta de dados em campo, a abordagem de Sistema de Informações Geográficas para análise e combinação da base de dados. Um dos objetivos fundamentais do projeto é possibilitar que a Unidade de Conservação possa atender às necessidades fundamentais como: importância biológica; uso sustentável de recursos e participação dos atores; representatividade e conectividade.

A pesquisa que foi apoiada por meio do edital FAPES Nº 001/2010 – Tecnologias Sociais tem como meta desenvolver um procedimento para dar suporte ao processo de tomada de decisões, levando em consideração a importância ambiental que o parque estadual da Cachoeira da Fumaça tem para o Estado, e a necessidade de proteção do ecossistema da Mata Atlântica. Como principais resultados foram obtidos mapas do parque que mostram a adequabilidade da área ao uso público e a conservação pelas quais é possível limitar áreas aptas e propor orientação aos gestores para restringir o uso em ambientes não adequados para visitação.

Outro resultado importante para a pesquisa será a apresentação de dois artigos em outubro de 2014, no IUFRO - World Congress, da União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal, que acontecerá em Salt Lake City, Utah, USA, onde os resultados do projeto serão divulgados para a comunidade científica internacional.

Sobre a importância da contribuição da Fapes, a professora e coordenadora da pesquisa Fabricia Benda de Oliveira, do Departamento de Geologia do CCA/UFES, destaca que, “o apoio financeiro da FAPES foi primordial na execução do projeto, sem o qual não seria possível a sua realização, uma vez que custeou as atividades de campo, bem como a compra de equipamentos”.

Esse projeto, que segue a linha dos editais de Inovação Social da Fapes, além de gerar resultados positivos para a inovação do Estado com novos produtos, serviços, processos ou sistemas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos capixabas, tem grande importância também para a população devido à preservação da unidade de conservação e seu uso consciente, dado que o ecoturismo é uma atividade que vem adquirindo cada vez mais popularidade na sociedade e deve priorizar a utilização do patrimônio natural e cultural, de forma sustentável, promovendo o bem estar dos envolvidos.

Para o diretor Presidente da Fapes, Prof. Dr. Anilton Salles Garcia, “por meio da Inovação Social espera-se gerar transformações sociais positivas em um determinado extrato da sociedade e pesquisas relacionadas com a preservação e proteção ambiental devem ser incentivadas, pois além de colaborar com o progresso do Agroturismo e do Agronegócio é também uma importante fonte de formação educacional e cidadã para a juventude”.

Também segundo Anilton, com os dados levantados e tratados em uma pesquisa como essa será possível a produção de material didático tanto impresso como em forma de vídeo para as disciplinas de Educação Ambiental do ensino fundamental e médio no Espírito Santo.

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