Criado em 2009, o Projeto Nêmesis desenvolve métodos para agilizar a segurança pública no Estado através do uso de tecnologia. Os pesquisadores investigam o desenvolvimento e aplicação de modelos de referências para Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e Biometria no suporte à Superintendência de Polícia Técnico Científica do Espírito Santo (SPTC-ES). O projeto é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), pelo Ifes, pela Incubadora de Empresas de Base Tecnológicas do Ifes e pela SPTC-ES.
O seu principal objetivo é atender a necessidade de inovar os métodos utilizados pela Polícia Técnica do ES, que utiliza um modelo antigo tanto de emissão de documentos quanto de gestão e armazenamento de dados. O Projeto ainda está em fase de pesquisa, eles estão estudando a estrutura da organização, colhendo informações, entrevistando funcionários e acompanhando as atividades da SPTC.
“A SPTC tem a necessidade de novas tecnologias que possam melhorar a emissão e gestão de documentos. Para que ocorra essa melhora os pesquisadores do Nêmesis estão mapeando o nosso fluxo de informação, de atendimento para gerar uma padronização dos procedimentos. Isso irá beneficiar não só a área civil como a criminal também”, disse Antônio Carlos das Neves, perito papiloscópico da SPTC-ES.
Atualmente a maioria dos processos de investigação científica que ocorrem na investigação criminal depende de informações e dados biométricos que devem ser adquiridos, armazenados, processados e disseminados por meio de elementos tecnológicos. Esses elementos facilitam a investigação de crimes, hoje a comparação de digitais são feitas manualmente, através do uso de lupas porque as digitais recolhidas são armazenadas em papel, isso retarda o processo de investigação.
A população será beneficiada com um novo processo de identificação civil que utilize tecnologias biométricas mais modernas como scanner de dedo, câmera digital e tablet de assinaturas. Essas tecnologias serão integradas num software próprio para a emissão de carteiras de identidade. Esse novo processo irá permitir a emissão da identidade de forma mais rápida e com maior qualidade.
“O apoio da Fundação é importante, pois cria meios de se adquirir recursos humanos e equipamentos para fomentar a busca de novas tecnologias, novos modo de trabalho nessa área sensível que é a segurança”, afirmou Mateus Conrad, coordenador do Projeto.
A ideia é aumentar a perspectiva da segurança pública e a eficiência operacional da SPTC por meio da diversidade e disponibilidade de recursos tecnológicos existentes. Após o período de recolhimento dos dados será feito a integração dos formatos e das informações obtidas, para que departamentos distintos possam ter acesso as mesmas informações de forma mais eficiente. Por exemplo, hoje os dados do departamento de criminalística e do departamento de identificação possuem suas informações armazenadas em formatos diferentes, o que dificulta a comunicação entre eles.
O Nêmesis está dividido entre os seguintes subprojetos: modelos de referências multi-níveis; ferramenta para gestão de modelo de referência; um modelo orientado a processos para Policia Técnico Científica; arquitetura de software dirigidas por modelo de referência; compreensão de imagens biomédicas e técnicas de capturas de imagens de impressões digitais subcutâneas. O Nêmesis é formado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e alunos do Instituto Federal que trabalham para produzir conhecimento e tecnologias relacionadas ao domínio das Policias Técnicas e do Instituto de Criminalística.
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