19/05/2014 15h01 - Atualizado em 10/08/2015 15h33

Pesquisa de bioengenharia desenvolve software para reabilitação motora humana

Com objetivo de incentivar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação, visando dar suporte à fixação de jovens pesquisadores, assim como a nucleação de novos grupos, em qualquer área do conhecimento, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) apoia a pesquisa “Sistema de estudo e avaliação da atividade motora humana baseado em sensores inerciais e câmara de vídeo”.

A principal finalidade desta pesquisa é o desenvolvimento de um sistema de captura do movimento corporal humano para que em um futuro próximo possa ajudar na recuperação de pessoas que precisam de reabilitação física.

Neste projeto foi desenvolvido um software capaz de medir ao mesmo tempo dois sistemas de aquisição de movimentos. De um lado, se mede tamanhos de passos, relativos às posições dos pés e pernas, utilizando o sensor Microsoft Kinect (também usado em videogames). De outro, se utiliza sensores espalhados pela parte do corpo onde se desejar trabalhar, para recolhimento de dados dos ângulos formados pelas articulações humanas. Ambos os sistemas são conectados a um computador convencional. Além disso, também foi criada a ferramenta computacional responsável pela aquisição e junção dos dados dos dois sistemas, pelo tratamento e processamento dos dados medidos e também pela análise dos parâmetros para auxílio na análise biomecânica do caminhar dos usuários.

Professor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo e também coordenador da pesquisa, Anselmo Frizera Neto afirma que “o projeto desta Pesquisa permitiu a realização de um sistema de análise de movimentos mediante sensores inerciais e um sistema de câmara de baixo custo. Considerando os trabalhos desenvolvidos na área de Bioengenharia pelo Grupo de Pesquisa de Robótica e Automação Industrial da Ufes, somos capazes, agora, de quantificar os efeitos de nossos sistemas de apoio e reabilitação à marcha humana. Desta forma, conseguimos não só melhorar o desenvolvimento de sistemas robóticos para a reabilitação, mas também avaliar o uso de nossos desenvolvimentos em ambiente clínico”.

Sobre a importância da Fapes, o doutor em eletrônica relata: “Considerando que o Projeto foi contemplado no Edital CNPq/Fapes Programa Primeiros Projetos, que tem por objetivo apoiar e financiar pesquisadores recém-doutores e recentemente incorporados às instituições de ensino e pesquisa, este projeto permitiu que fosse dada continuidade aos trabalhos realizados em minha tese de doutorado. Assim, julgo que a contribuição financeira da Fapes para a aquisição de equipamentos e material de consumo foi fundamental para a realização do projeto”.

Resultados Positivos

Além das diversas publicações realizadas em conferências e revistas científicas, o principal resultado foi o desenvolvimento de um sistema capaz da realizar a avaliação cinemática da marcha humana, que permitirá, nos próximos meses, a realização de estudos em centros de reabilitação. O Projeto ainda está em desenvolvimento e o protocolo de experimentação está, atualmente, em desenvolvimento pelo pessoal clínico envolvido no Projeto.

Nova Etapa

Atualmente, está sendo realizada a preparação para a validação clínica no CREFES em Vila Velha. Porém no ano retrasado, o doutor executou alguns estudos preliminares neste mesmo centro com pacientes com osteoartrose moderada que o levou às novas modificações no sistema.

Neste ano de 2014 será feita a nova etapa de experimentação clínica. Desta vez, o foco será analisar os padrões de marcha de pacientes que sofreram de AVC (acidente vascular cerebral). “Estamos também trabalhando em conjunto com outros pesquisadores da UFES no desenvolvimento de uma ferramenta de aquisição e processamento de mais dados biológicos, como é o caso dos sinais da atividade cerebral e muscular. Assim, pretendemos medir parâmetros desde o planejamento do movimento (no cérebro), passando pela ativação muscular e chegando ao movimento propriamente dito (utilizando os mesmos sensores)”, afirmou Frizera.

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