27/05/2014 07h28 - Atualizado em 10/08/2015 15h33

Pesquisa com orquídeas na Ufes tem apoio da Fapes

A flora capixaba é rica em beleza e diversidade e as orquídeas têm um papel chave no equilíbrio biológico. Visando sua preservação, a pesquisa ‘Plasticidade morfofisiológica de orquídeas neotropicais em resposta a diferentes condições de luz’, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), procura estudar a sua resistência em diferentes níveis de luminosidade.

O objetivo geral do projeto é avaliar a capacidade das orquídeas em alterar a sua fisiologia, morfologia e anatomia de acordo com as condições de luz do ambiente. Foram estudadas três espécies em diferentes níveis de luz, levando-se em consideração que muitas orquídeas se adaptam melhor à sombra, tolerando pouca luminosidade. O experimento foi realizado em condições controladas onde as espécies foram testadas em quatro ambientes de luz, uma de 12%, outra 45%, de 75% e em pleno sol que é chamado 100%. Para isso, foi construído um viveiro com recursos do projeto. A intenção é que quando o projeto for concluído, alguns exemplares sejam mantidos e a área do viveiro construído no Centro Universitário Norte do Espírito Santo – CEUNES, São Mateus, seja transformada em um orquidário vinculado ao Laboratório de Ecofisiologia Vegetal do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBT-CEUNES).

O projeto contou com a parceria de orquidófilos da região. O coordenador do projeto e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Antelmo Ralph Falqueto, conta a importância dessa colaboração. “Foi uma parceria muito importante, pois nos deram total apoio e foi realmente uma troca de aprendizado”. Além desta parceria, Falqueto conta também com a professora Elisa Mitsuko Aoyama que cuida da parte da anatomia das plantas, e juntos orientam quatro alunos de iniciação cientifica do curso de Biologia, além de dois mestrandos.

Com essa pesquisa, que contou com o apoio da Fapes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no Edital PPP- Programas Primeiros Projetos, o doutor em Fisiologia Vegetal conseguiu aprovação para uma bolsa de apoio técnico. “O apoio da Fapes, primeiramente financeiro, foi primordial, além da formação de recursos humanos, pois hoje tenho dois Mestres formados devido ao projeto e mais dois em formação. Também nos deu a possibilidade da futura instalação de um Orquidário na Ufes, que é uma responsabilidade e tanto. A Fapes nos proporcionou ciência, recursos humanos e toda uma estrutura. Compramos equipamentos, material de consumo para o laboratório. Sem os recursos não teria como esse projeto ser realizado”, conclui.

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