A Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) está apoiando uma pesquisa, coordenada pelo professor Agnaldo Silva Martins, que estuda a população de peixes e as áreas de conservação do Espírito Santo.
A expectativa do projeto é reconhecer os ambientes importantes para o desenvolvimento de peixes na fase juvenil e identificar se existem fatores ambientais que contribuam para este desenvolvimento inicial. Espera-se definir, com as pesquisas, as áreas prioritárias para conservação.
Segundo o coordenador, o estudo surgiu com a demanda crescente de instalações portuárias na costa do Estado.
“De posse de um diagnóstico apurado, caracterizamos os ambientes que funcionam como áreas de crescimento e berçário dos peixes que habitam as áreas costeiras do Espírito Santo, possibilitando atuar junto a planos de conservação e engenharia costeira mitigando os impactos ambientais nessas áreas.”
Agnaldo explica que os pesquisadores buscaram caracterizar a influência de eventos naturais na ecologia de peixes em praias do Estado. Em seguida, observaram se os peixes de áreas profundas se assemelham em composição, abundância, alimentação e forma com os da praia, possibilitando avaliar a conectividade de peixes entre esses dois ambientes.
“Os resultados obtidos até o momento reforçam a ideia de que praias são ambientes vitais para a fase inicial de vida de várias espécies de peixes, inclusive os de importância comercial. E que processos naturais sazonais, como a chegada de algas às praias, são importantes na estruturação da comunidade de peixes.”
O pesquisador conta que o recurso disponibilizado pela Fapes foi utilizado na obtenção do aparelho de medição de parâmetros físico-químicos da água, além de custear outros equipamentos e o pagamento dos pesquisadores e dos estagiários envolvidos no projeto.
“A Fapes é de fundamental importância para a pesquisa no Espírito Santo porque possibilita que questões pertinentes ao Estado sejam trabalhadas com a profundidade necessária. O recurso oferecido torna possível a realização de pesquisas, formação acadêmica e geração de informação científica sobre os ecossistemas do Espírito Santo.”
Agnaldo destaca que a pesquisa, realizada na Região Sul do Estado, gerou dados inéditos que explicam como funcionam os processos que regulam os ambientes-chave para o desenvolvimento inicial das espécies de peixes, inclusive de importância comercial regional e nacional.
“Dessa forma, estamos nos adiantando às demandas de instalação dos empreendimentos na costa, tornando mais forte o poder de discussão sobre as questões de sustentabilidade e gestão desses recursos junto ao setor produtivo.”
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