Duas feiras de ciências foram instaladas em Vitória e na Serra para alunos dos ensinos fundamental e médio apresentarem os projetos desenvolvidos dentro do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC Jr.).
A Exposição dos Resultados Finais foi realizada durante a tarde de quarta-feira (10) no pátio da Multivix, em Goiabeiras. No dia seguinte, quinta (11), foi a vez da unidade da Serra da Multivix, em Colina de Laranjeiras, receber a mostra.
Cada evento contou com a apresentação de 17 pesquisas que tratam de temas como primeiros socorros, astronomia, poluição do ar, conservação da água e combate ao mosquito da dengue, entre outras.
O diretor-presidente da Fapes, José Antonio Bof Buffon, agradeceu primeiramente a parceria com a Multivix para a realização das mostras. “Nem todos os alunos que participam como bolsistas se tornam, no futuro, pesquisadores. Porém, serão cidadãos com senso crítico mais apurado. A ciência é importante no mundo contemporâneo para derrubar misticismos, como as ideias de que a Terra é plana e de que vacina causa doenças”.
Com 17 anos, a aluna da Escola Viva São Pedro, em Vitória, Roberta Possatti começou a participar do PIC Jr. na primeira série do Ensino Médio. Atualmente no terceiro ano, ela se iniciou na pesquisa com o projeto “Cromossomos humanos e o diagnóstico de doenças associadas a alterações cromossômicas”.
“Participando do PIC Jr., percebi que as universidades são os locais em que se fazem pesquisa e acabei criando laço de amor com a Ufes. Agora, fico atenta até mesmo para as políticas públicas de valorização do ensino superior e da pesquisa”, afirma a aluna.
Os trabalhos foram selecionados pelo edital CNPQ/Fapes 014/2014 - Programa de Iniciação Científica Júnior (Pesquisador Do Futuro) e desenvolvidos por alunos de escolas de Vitória, Cariacica, Vila Velha, Viana e Guarapari.
A coordenadora de pesquisa da Multivix de Vitória, Karine Lourenzone, revelou seu histórico de formação profissional com apoio da Fapes. “Fiz meu doutorado com bolsa da fundação e vejo com muita importância o estímulo à ciência para termos alunos com visão crítica e capazes de solucionarem problemas em diversas áreas”, relatou.
O programa é desenvolvido no Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), vinculada à Secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Os projetos são executados em parceria a uma universidade ou faculdade, que tem como papel monitorar as pesquisas. Os professores da unidade auxiliam na execução das atividades em sala de aula e no desenvolvimento do tema trabalhado com os alunos dos ensinos fundamental e médio.