17/09/2012 07h25 - Atualizado em 10/08/2015 15h31

Fapes financia pesquisas sobre ameba que vem causando infecções no Espírito Santo

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) apoia um projeto sobre infecções provocadas por Acanthamoeba no Estado, que tem como objetivo a obtenção de testes de novos medicamentos, produção de vacinas e testes diagnósticos para Acanthamoeba.

A Acanthamoeba é uma ameba encontrada em todos os ambientes e que tem potencial de causar graves infecções ao ser humano. O interesse em implantar essa linha de pesquisa no Espírito Santo surgiu devido à falta de diagnóstico e ausência de dados sobre esta ameba no Estado. “Considerando a formação dos membros da equipe em protozoologia, especialistas em amebas, percebemos a carência e a urgência de informações e estudos nessa área”, disse a pesquisadora Cinthia Furst.

O projeto teve início após contato com médicos oftalmologistas do Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (HUCAM), que recebiam pacientes com ceratite (inflamação na córnea) por causa desconhecida. “Com o apoio dos médicos e residentes, começamos a diagnosticar em Vitória os primeiros casos de ceratite por Acanthamoeba. Assim, instituímos o ponto de partida”, afirmou.

Para que as pesquisas prosseguissem e os diagnósticos fossem precisos, os pesquisadores contaram com recursos concedidos pela Fapes. Por meio deles foi possível adotar procedimentos de isolamentos de Acanthamoeba em diversos ambientes de Vitória e Região Metropolitana e avaliar o potencial patogênico desses isolados.

Ainda segundo a pesquisadora, os R$ 18.700,00 subsidiados pela Fapes foram de fundamental importância para que os estudos sobre esta ameba fossem iniciados, mas ainda é preciso mais. “Precisamos agora utilizar tecnologias mais sofisticadas para alcançarmos objetivos mais aplicáveis, como produção de medicamentos, testes diagnósticos e até o desenvolvimento de vacinas”.

De acordo com Cinthia Furst, coordenadora do projeto, o grupo de pesquisadores pretende obter informações ainda mais detalhadas sobre Acanthamoeba. “Considerando a importância deste organismo como causador, além da ceratite - principalmente em usuários de lentes de contato -, também de encefalite (uma inflamação aguda no cérebro), estamos estudando amostras isoladas de diferentes ambientes por meio de técnicas que permitem diferenciá-los quanto a sua capacidade de causar doenças no homem”.

Com estes diagnósticos já foi possível identificar os locais em que as amebas incidem com maior facilidade. “Obtivemos isolados de diferentes ambientes (água do mar, inundação, torneira, poeira) que foram avaliados por meio de osmotolerância e termotolerância (técnicas utilizadas para mensurar a patogenicidade das amebas). Agora estamos criando um banco de cepas que futuramente serão avaliadas por outros parâmetros, a fim de diferenciar cepas patogênicas das cepas não patogênicas, para que o diagnóstico e o tratamento passem a ser mais ágeis”, concluiu.

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