09/04/2014 12h08 - Atualizado em 10/08/2015 15h33

Fapes apoia projeto sobre educação em saúde em comunidades rurais do ES

A educação em saúde desde o ensino fundamental se caracteriza como uma ferramenta valiosa da saúde pública na busca da transformação de uma comunidade, tanto no lado pessoal quanto na parte coletiva. Buscando estimular iniciativas nessa direção, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) apoiou, por meio do edital 1/2012 PIC-Jr, o “Projeto Sanita: Acompanhamento de crianças de escolas rurais na busca de promoção da saúde”.

O objetivo do projeto é promover a educação em saúde para crianças de comunidades rurais do município de Alegre, de modo que essa geração possa se apropriar de uma adolescência consciente e envolver adolescentes do ensino médio na educação de crianças com a finalidade de possibilitar uma conscientização mútua nas questões de saúde da mulher e proporcionar a iniciação científica a graduandos de Enfermagem e jovens do ensino médio, por meio do incentivo à pesquisa.

A professora do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre (Fafia) e orientadora do projeto, Renata Abdalla Pires da Rocha, ressalta a importância da pesquisa para o Estado: “Por se tratar de um projeto social, acredito que o mesmo contribuiu para melhorar a qualidade da saúde de uma população de faixa etária específica, no caso de meninas, ainda que numa dimensão ínfima se formos pensar em todo o Estado, mas que certamente fará diferença nos indicadores de saúde do Espírito Santo”.

Sobre a importância da contribuição da Fapes para o projeto, a orientadora, que também é Mestre em Ciências- Patologia das doenças infecciosas pelo NDI/UFES, destaca que, “certamente sem a Fapes este projeto não seria possível de acontecer, uma vez que o incentivo à pesquisa no interior é precário e o investimento que a fundação tem proporcionado para interiorizar a pesquisa e ampliar o rol de projetos sociais faz com que nós professores possamos ter a oportunidade de desenvolver projetos e pesquisas que beneficiem a população assistida”.

O método principal do projeto foi a realização de um acompanhamento durante oito meses com um grupo de crianças de 8 a 10 anos de idade do sexo feminino, oferecendo às mesmas atividades educativas, preventivas, utilizando uma boneca propagadora de saúde, além de traçar o perfil das crianças selecionadas para receberem as ações do projeto quanto à idade, escolaridade dos pais, raça, número de irmãos, condições socioeconômicas, avaliadas através de quatro variáveis: renda familiar, número de cômodos da casa, serviço de tratamento de água e esgoto e número de eletrodomésticos do domicílio.

Resultados positivos

O projeto conseguiu atender a todas as escolas propostas com a participação de 100% das crianças da faixa etária estabelecida, com o total de 80 crianças. O total de questionários respondidos pelos responsáveis foi de 45 (56,25%). Dos questionários respondidos, observou-se que quanto à opinião dos responsáveis sobre a expectativa do projeto: notou-se grande aceitação e positividade do mesmo, onde 55,55% das respostas foram ótimas, 80% respondeu que o projeto ajudou o familiar na educação da filha; 80% respondeu que a filha falou do projeto em casa; 70% visualizou o aprendizado da filha sobre os temas abordados no projeto e 95,55% deixaria sua filha participar novamente. Resultados que comprovam a positividade do projeto.

Para a realização do projeto, a coordenadora Renata Abdalla Pires da Rocha contou com a ajuda de oito bolsistas, alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Aristeu Aguiar, e dois monitores.

“O projeto nos proporcionou fazer uma análise do aproveitamento do mesmo na qual teve índices muito produtivos, relatórios e palestras sobre a saúde das meninas de zona rural do município de Alegre, ajudando, assim, a promover o conhecimento da importância dos cuidados com a saúde e higiene pessoal”, comentou a monitora Cinthia Maria Efigênio, aluna do oitavo período do curso de enfermagem.

Luana, estudante do segundo ano do ensino médio, é bolsista de IC Jr e fala sobre importância do projeto. “Adorei participar desse projeto, além de ter levado conhecimento para meninas que ainda não tiveram a oportunidade de receber as informações sobre a sua saúde, também foi de muita importância para meu conhecimento próprio”.

Para o diretor Presidente da Fapes, prof. Dr. Anilton Salles Garcia, “aportar recursos para fomento a projetos dessa dimensão tem sido uma das ações mais gratificantes como dirigente da Fapes. O envolvimento das famílias e o comprometimento dos alunos bolsistas é algo impressionante e os resultados das pesquisas certamente contribuirão para uma geração mais consciente com os problemas da saúde da mulher, principalmente as ações preventivas tão importantes para a redução de problemas e melhoria dos sistemas de saúde pública.” Ainda segundo Anilton, a expectativa é que esses jovens alunos do ensino médio sejam agentes transformadores no contexto social onde vivem e, certamente, muitos deles, após um projeto dessa relevância vão despertar para a importância das atividades científicas para a melhoria das condições de vida individuais e da sociedade onde moram.

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