05/12/2014 15h36 - Atualizado em 10/08/2015 15h34

Fapes apoia projeto para melhorar o processo de doações de órgãos

Um projeto apoiado pela Fapes foi desenvolvido para agilizar a comunicação entre os hospitais e a central de captação de órgãos e tecidos e superar os problemas que prejudicam todo o processo de transplante, como a demora tanto na notificação do óbito como na retirada e preservação do órgão.

O projeto foi criado para desenvolver o Sistema de Notificação, Captação de Órgãos/Tecidos (Sincap), apoiado pelo edital de Inovação Social da Fapes, lançado em 2012. O sistema incluirá acesso via web e possuirá uma versão para dispositivos móveis e seu intuito é facilitar a interação entre profissionais da saúde com os profissionais das centrais de captação e distribuição de órgãos e os bancos de olhos.

O coordenador do projeto, Rodrigo Calhau, professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), relata a sua expectativa quanto aos resultados do projeto. “Espera-se que esse projeto leve a um crescimento considerável nas notificações de óbitos neste Estado, contribuindo, em curto prazo, para o aumento nas taxas de efetivação de doação de órgãos”. A pesquisa busca resolver um problema que ocorre em todo o País, pois a demora no atendimento da fila de espera exerce impactos significativos sobre o bem-estar humano, diminuindo as probabilidades de cura, de sobrevida dos enxertos e dos pacientes, da natureza e a extensão das sequelas nos pacientes.

Segundo o professor, existe uma carência quanto aos métodos utilizados no recebimento das notificações de óbitos. As notificações realizadas pelos hospitais ocorrem por telefone ou fax, onde os profissionais de saúde (dos hospitais notificantes) são responsáveis pelo preenchimento manual dos formulários específicos para as notificações. Devido ao modo como o processo é executado, um conjunto de transtornos ocorre, tanto para a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO/ES), quanto para os hospitais. Os erros mais comuns são: a falha no envio dos dados, a demora na notificação do óbito, entrevista e captação, dados incorretos nos documentos e na demora na execução do processo. Entretanto, a maior dificuldade é a existência de um tempo máximo para a retirada e a preservação extracorpórea de um órgão ou tecido.

O sistema em fase de finalização está prestes a ser implantado no Hospital Jaime dos Santos Neves, na Serra. “O sistema terá grande impacto econômico. Se aumentarmos as notificações, possivelmente iremos identificar mais doadores, o que resultará em maior número de transplantes. Havendo mais transplantes, podemos devolver o indivíduo à sociedade e ao mercado de trabalho, diminuindo assim a sobrecarga no INSS”.

Esse projeto é realizado no Laboratório de Extensão em Desenvolvimento de Sistemas do Ifes, um ambiente de aprendizado vivencial, onde os alunos se deparam com problemas reais e por meio da colaboração aprendem como solucioná-los. Com isso Calhau relata a importância do financiamento do Governo do Espírito Santo para o desenvolvimento do sistema. “A Fapes está tendo um papel fundamental na realização desse projeto. Por meio do financiamento que ela está provendo é possível pagar bolsa aos alunos que participam ativamente do projeto. Além disso, a Fapes também tem ajudando bastante na divulgação do projeto e, graças a isso, ganhamos destaque interno e externamente, contribuindo assim com a melhoria da educação pública no estado”, conclui.

Informações à Imprensa:
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