13/08/2012 13h34 - Atualizado em 10/08/2015 15h31

Fapes apoia pesquisa sobre indicador de qualidade ambiental e estado de integridade em ecossistemas lacustres no ES

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) tem subsidiado uma pesquisa relevante para que a qualidade de vida da população capixaba seja preservada. A pesquisa tem como tema a cianobactéria denominada Cylindrospermopsis raciborskii que está presente em grande parte dos ambientes de água doce do planeta.

A pesquisa é desenvolvida pelo Biólogo Ph.D. Fábio da Cunha Garcia, do Laboratório de Limnologia e Planejamento Ambiental, do Departamento de Oceanografia e Ecologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e conta com o apoio do professor Gilberto Barroso.

De acordo com o pesquisador, este organismo é, atualmente, tema de interesse mundial, sobretudo, pela capacidade invasiva e adaptativa que ele tem. “Aqui no Espírito Santo, estudos já desenvolvidos já registraram esse tipo de cianobactéria, tanto na lagoa Juparanã, na região do Baixo Rio Doce, em Linhares, quanto no reservatório de Duas Bocas, na bacia do rio Santa Maria de Vitória, na região metropolitana de Vitória. Sendo assim, ela está presente nos corpos d´água do Estado e precisa ser estudada e monitorada como já tem sido feito em pesquisas realizadas pela Universidade Federal de Minas Gerais, na bacia do Médio Rio Doce, em Minas Gerais, grupo do qual eu fiz parte’, disse.

Esta pesquisa está em sua fase inicial. O projeto foi aprovado e implementado no final de 2011, passou por uma fase de planejamento e está na fase de campo prevista para ser realizada em dois anos. Este projeto está inserido em outros dois projetos maiores, desenvolvidos nas lagoas de Linhares e nos reservatórios do rio Santa Maria de Vitória e dependem, em parte, da logística e do andamento desses projetos.

Até o momento, o principal resultado obtido, com os estudos batimétricos, foi a descoberta do lago natural mais profundo do Brasil, a lagoa das Palmas (Linhares-ES), que possui a profundidade máxima de 50,5 metros, ultrapassando o lago Dom Helvécio, no Médio Rio Doce, em Minas Gerais que era até então considerado o lago natural mais profundo do Brasil, com 39 metros. Essa informação será publicada em uma revista de circulação internacional, em um artigo que está em fase final de elaboração. “Nas primeiras análises qualitativas do fitoplâncton já detectamos a presença da Cylindrospermopsis raciborskii, o que confirma a sua ocorrência nesses corpos d’água”, salientou o pesquisador Fábio da Cunha.

O professor e coordenador da pesquisa afirma ainda que, sem a bolsa concedida pela Fapes, seria difícil que a pesquisa fosse conduzida da boa forma como está sendo. Segundo ele, o recurso da Fapes é utilizado na bolsa de estudo que lhe é fornecida e que garante o seu sustento durante os estudos. Além disso, esse recurso é utilizado para custear suas idas à campo, assim como para a aquisição de equipamentos e materiais necessários para a execução do projeto.

Uma das metas da Fapes é incentivar a pesquisa em todas as suas ramificações dentro do Estado, o que vem sendo cumprido de forma integral. Pela proximidade que a Fundação tem de seus pesquisadores, dispostos a detectar as principais demandas da sociedade capixaba e buscarem soluções viáveis, acaba por facilitar o diálogo e a concessão de subsídios para o bom andamento das pesquisas de um modo geral.

“O apoio da FAPES à pesquisa no Espírito Santo, como esta que estou realizando, é fundamental para o desenvolvimento científico, para a promoção, ampliação e solidificação do conhecimento nas diversas áreas da ciência. Além disso, as demandas regionais muitas vezes não são contempladas pelas agências nacionais, devendo ser atendidas pelas agências estaduais que, por trabalharem mais próximas aos Institutos de pesquisa da região, como a Ufes, enxergam melhor essas demandas locais, sendo a principal, se não única, fonte de financiamento para essas pesquisas. Nesse sentido, eu só tenho a agradecer a Fapes por ser uma importante parceira no desenvolvimento de minha pesquisa no Espírito Santo”, finalizou.

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