O perito criminal Carlos Augusto Chamoun, da Polícia Civil, pesquisa uma técnica para identificar estupradores em corpos em estado de decomposição. Chamoun defende sua tese de doutorado, que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo, Fapes, através do resgate do DNA do esperma do estuprador no sistema digestório de larvas decompositoras de corpos.
A pesquisa está sendo desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e deve começar a ser aplicada pela polícia em dois anos. O perito explica que a mosca estudada está presente em todos os corpos em decomposição do Brasil, e também em diversos outros países, o que torna a técnica viável.
“Com o passar do tempo da morte, fica mais díficil recolher o DNA do sêmen encontrado na vítima. As larvas, que crescem dos ovos depositados na vítima, ingerem o sêmen, e o DNA fica retido em seu trato digestório.” A partir disso é possível identificar há quanto tempo aquela vítima foi assassinada, e dizer de quem é o esperma.
O pesquisador conta que a técnica de recolhimento de larvas e a instrução quanto a relevância da Entomologia, estudo dos insetos, estão sendo transmitidas à peritos e médicos forenses da Academia de Polícia Civil do Rio de Janeiro. Assim que concluir seu doutorado, o perito volta a atuar na Polícia Civil do Espírito Santo e deve por em prática a técnica e transmitir o conhecimento à Academia estadual.
Os recursos disponibilizados pela Fapes são utilizados pelo pesquisador na passagem e hospedagem. “Sem esse apoio seria muito díficil desenvolver esta pesquisa, já que tenho que ir ao Rio de Janeiro quinzenalmente.”
Chamoun apresentará a pesquisa no IV Congresso Internacional de Perícia Criminal e XXI Congresso Nacional de Criminalística, que acontecerá entre os dias 30 de outubro e 04 de novembro em Gramado, RS.
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