13/09/2011 07h14 - Atualizado em 10/08/2015 15h25

Fapes apoia pesquisa de proteção às plantas

Uma pesquisa inovadora destaca a importância de fungos simbiontes na tolerância de plantas à elevadas concentrações de metais pesados no solo. O estudo, coordenado pelo professor Alessandro Coutinho Ramos, conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo.

O projeto estudou os aspectos fisiológicos e moleculares de plantas de eucalipto colonizadas por fungos ectomicorrízicos, que apresentaram tolerância a metais.

O fungo, amplamente distribuído no mundo, tem a capacidade de crescer mesmo na presença de concentrações de metais consideradas tóxicas às plantas e através de uma associação, protegê-las.

O professor Alessandro destaca que o estudo é uma parceria multidisciplinar entre as Universidades de Vila Velha (UVV), do Arizona, Federal de Viçosa, e Estadual do Norte Fluminense.

Após a coleta de fungos em florestas de eucalipto no Estado, a equipe realizou análises em laboratório, e descobriram a tolerância à elevadas concentrações de zinco, cobre e manganês. Depois, os fungos foram unidos às plantas, formando a simbiose, que confeririu uma proteção natural às plantas hospedeiras.

“Além da proteção, os fungos em associação com as plantas proporciona maior absorção de água e nutrientes. Isso é muito relevante, principalmente para o nosso Estado, levando em conta a importância econômica do eucalipto e dos minerais no Espírito Santo”.

O coordenador destaca que a técnica pode ser aplicada em outras plantas e que este é um trabalho pioneiro no estudo de micorrizas no Brasil.

“Nossas descobertas já fazem parte de um livro dedicado as estudos deste fungo em todo o país. Através deste projeto já publicamos dois artigos, e iremos apresentá-lo no Congresso Brasileiro de Fisiologia Vegetal.”

Os recursos da Fapes foram distribuídos na aquisição de equipamentos e materiais de consumo e em bolsas : uma de mestrado, e duas de iniciação científica.

“Contamos com o apoio da nossa Universidade, mas o apoio da Fapes foi fundamental para estabelecer o nosso grupo de pesquisa, hoje composto de 15 alunos no Estado, e apresentá-lo a nível nacional.”

Informações à Imprensa:
Ana Luiza Freitas
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