Os manguezais do Norte capixaba que até pouco tempo não eram investigados, agora são alvo de vários estudos com o intuito de ampliar o conhecimento sobre a conservação do seu ecossistema, com apoio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Espírito Santo - Fapes.
Com o objetivo de conservar os bosques de mangue na foz do Rio Itaúnas – Conceição da Barra, um estudo vem sendo desenvolvido pela bolsista de mestrado da Fapes, Karen Otoni, aluna do programa de pós-graduação em Oceanografia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O conjunto de informações geradas a partir desse estudo contribuirá para o conhecimento da ecologia do manguezal, ajudando também a determinação dos padrões de ingresso e de sobrevivência das diferentes espécies estudadas. Isso possibilitará o diagnóstico ecológico para os bosques de mangue no litoral capixaba e a realização de previsões de prováveis comportamentos das espécies frente às mudanças ambientais.
As florestas de manguezais são classificadas como ecossistemas dinâmicos, consequentemente, alguns fatores como: taxa de sedimentação, subsidência do solo, saída da água doce, forças da maré e mudanças do mar influenciam o seu crescimento e sua sobrevivência e com isso a vegetação do mangue se organiza em zonas que refletem a geomorfologia e o gradiente hidrológico. Avaliar os fatores que afetam a dinâmica é fundamental para entender o funcionamento e os processos evolutivos dentro de cada bosque de mangue.
A mestranda ressalta a importância da pesquisa: “Compreender a dinâmica populacional do ecossistema manguezal é essencial para conhecer a sua distribuição, estrutura e composição das espécies, os processos ecológicos da comunidade, assim como interpretar os efeitos sobre as populações, causados pelas mudanças climáticas e ações antrópicas”. E completa: “As informações geradas fornecerão subsídios para a interpretação sobre o comportamento do ecossistema assim como para previsões e projeções futuras visando à sustentabilidade do recurso e a gestão ambiental costeira”.
Sobre a importância da contribuição da Fapes para a pesquisa, a bolsista destaca que, “A instituição viabilizou a bolsa de estudo permitindo o apoio à continuidade da pesquisa que está sendo realizada no manguezal do Rio Itaúnas, em Conceição da Barra, desde 2008, no que diz respeito à dinâmica populacional de plântulas. Frente ao cenário mundial atual, o apoio às pesquisas torna-se relevante para o conhecimento do comportamento do ecossistema manguezal, subsidiando informações que contribuem para a criação de planos de manejo e para gestores ambientais, além de disseminar conhecimento e fornecer um banco de dados para futuros estudos essenciais para a contribuição do desenvolvimento científico”.
Informações à Imprensa:
Mariana de Araujo Santanna
Assessora de Comunicação - Fapes
Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo - FAPES
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