25/04/2014 06h35 - Atualizado em 10/08/2015 15h33

Alunos de rede pública estadual participam de pesquisa sobre plantas medicinais

Com o objetivo de despertar vocações cientificas e tecnológicas e incentivar talentos de pesquisa e desenvolvimento entre alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Hildebrando Lucas, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) apoia o projeto "Avaliação da atividade antioxidante de plantas medicinais de interesse ao SUS".

O projeto teve como objetivo selecionar plantas medicinais que sejam nativas ou exóticas, e esteja disponível no horto do Parque Municipal do Tabuazeiro-Vitória e que são constantes na lista da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), buscando avaliar o potencial antioxidante de diferentes tipos de extratos, porque mesmo com o bom percentual de crescimento do mercado de fitoterápicos apenas 8% da flora mundial apresenta estudos científicos que comprovem sua utilização. Com a finalidade de mudar esse panorama, o Governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde, divulgou, em fevereiro de 2009, a RENISUS.

Foram então selecionadas as espécies Vernonia condensata e Vernonia polyanthes, conhecidas popularmente como “boldo baiano” e “assa-peixe”, respectivamente. O professor do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Espírito Santo e também coordenador do projeto Rodrigo Rezende Kitawaga relata como aconteceu o processo. “As plantas foram coletadas, secas, pulverizadas e, após a extração, foram obtidos os extratos aquoso e etanólico, os quais foram avaliados quanto ao potencial antioxidante através dos ensaios com os radicais DPPH e ABTS”.

Resultados

Um dos resultados que o doutor Rodrigo destaca é o desenvolvimento que os alunos do ensino médio tiveram com o projeto. “O Edital PicJunior proporciona aos alunos da rede pública o contato direto com a Universidade e a pesquisa, sendo assim um divisor de águas da vida dessas pessoas, mostrando um caminho até então desconhecido”. Ele afirma que os projetos financiados pelo edital da Fapes tem um objetivo social e de inclusão.

O graduando Augusto Santos Borges, que cursa o 10º período do curso de farmácia na Ufes, conta como foi participar da monitoria. “Participar como bolsista monitor deste projeto foi muito gratificante. A cada ensinamento passado aos alunos, aprendia mais do que imaginava. Além da questão educacional, o projeto também serviu de base para produção de trabalhos que foram apresentados em congressos, contribuindo para a comunidade científica e trazendo retorno ao investimento oferecido pela Fapes”.

O bolsista do Ensino Médio Caio Cardoso Pereira da Cruz, que também participou do projeto, relata: “Achei o projeto muito interessante. Tive a oportunidade de conhecer o funcionamento de um laboratório de pesquisa pela primeira vez. Além do conhecimento teórico, pude realizar testes, o que me forneceu também conhecimento prático”.

O projeto trouxe resultados positivos para o Estado, entre as espécies avaliadas, o “boldo baiano” apresentou resultados mais promissores. Nesse sentido, esta espécie vegetal vem sendo avaliada frente a outros parâmetros de atividade antioxidante num projeto com bolsista de graduação em Farmácia da Ufes. Dessa maneira, pode-se concluir que as espécies estudadas apresentam potencial de utilização no tratamento e prevenção de patologias associadas ao estresse oxidativo.

Sobre a importância da Fapes, o professor conclui: “O apoio financeiro da Fapes para a execução do projeto é de grande importância, visto que tem proporcionado a aquisição de bens de consumo e equipamentos essenciais para o desenvolvimento dessa e de outras pesquisas”.

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