A feira é dedicada ao desenvolvimento do setor de rochas ornamentais, segmento que responde por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado
Em mais uma maneira de fomentar a pesquisa e a inovação para o setor de rochas, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) levou para a 47ª Feira Internacional do Mármore e Granito – Vitória Stone Fair 2019 uma série de projetos apoiados em editais e resoluções. São estudos para reutilizar resíduos, diminuir impacto ambiental, resolver gargalos logísticos, entre outros. O evento aconteceu entre terça (12) e sexta feira (15), no Pavilhão de Carapina, na Serra.
Além de levar pesquisas e projetos apoiados por meio de editais de chamadas públicas, a autarquia da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) também assinou o acordo de parceria técnico-científica com o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do governo federal para apoiar projetos voltados a empresas da área de rochas ornamentais.
“A Fapes, mais uma vez, tem sua expertise reconhecida na contratação e gestão de bolsas, firmando-se como uma importante instituição para o desenvolvimento econômico capixaba”, considerou a diretora-presidente que está respondendo pela Fapes, Lucia Aparecida Queiroz de Araujo.
A Vitória Stone Fair é dedicada ao desenvolvimento do setor de rochas ornamentais, segmento que responde por 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
Iniciativas
Uma das iniciativas apoiadas é o empreendimento WeRock Stones, selecionado pelo Sinapse da Inovação em 2017 para desenvolver uma ideia inovadora de logística para o setor. “Este é o segundo ano que participamos junto a Fapes da Vitória Stone Fair. A feira é uma importante oportunidade para a WeRock de fazer negócios, prospectar clientes, conhecer melhor o mercado e mostrar nossa trajetória, que contou com o apoio da Fundação por meio do Sinapse”, declarou Saulo do Val, CEO da empresa.
Também marcou presença no evento o projeto para utilização de resíduos do processo de extração e polimento de rochas para produzir vidro, apoiado pela Fapes por meio do Edital 03/2017 - Universal. Desenvolvido no Centro Universitário São Camilo, em Cachoeiro de Itapemirim, o estudo é coordenado pelo professor e pesquisador Gilson Silva Filho.
“Não sabemos ainda o impacto dos resíduos no ambiente e o volume produzido é grande. A intenção da nossa primeira pesquisa foi desenvolver um método para tratar o problema ambiental com a reutilização de 100% do resíduo gerado”, explicou.
Gilson conta que, após a pesquisa para produção, agora é a vez de melhorar a qualidade do vidro e tornar a exploração econômica viável. “A segunda proposta contemplada em edital da Fapes traz a oportunidade de começar a produzir alguns artefatos de uso doméstico para, dessa forma, melhorar a apresentação do produtor”. O pesquisador foi selecionado também pelo Edital 20/2018 - Pesquisa Aplicada a Políticas Públicas Estaduais - Gestão e Competitividade.
Oportunidades
A unidade de pesquisa – vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – presente no Espírito Santo abriu a chamada Cetem Desafios para empresários do setor de rochas apresentarem propostas de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica. As empresas interessadas podem sugerir desafios tecnológicos que venham a contribuir para o aumento da competitividade e sustentabilidade.
As áreas contempladas no edital são lavra, beneficiamento e aproveitamento de resíduos de rochas ornamentais, estudos de melhorias nos processos de beneficiamento e desenvolvimento de insumos, e determinação das propriedades tecnológicas e estudos de alterabilidade de rochas ornamentais.
Cetem Desafios
Contato: cetem.desafios@cetem.gov.br.
http://www.cetem.gov.br/cetem-desafios
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