A semana comemorativa ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 08 de março, foi marcada por diversas ações importantes nos órgãos do Governo do Estado. A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) promoveu uma versão do “Sessão da Tarde”, com a exibição do filme “Pad Man”, no auditório da sede do Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES), em Vitória.

Os servidores da Fapes tiveram a oportunidade de conhecer a história de um soldador, morador de um pequeno vilarejo rural do Leste da Índia, que causa um alvoroço ao tentar revolucionar a fabricação de absorventes.

A história do filme foi baseada na vida do empresário indiano Arunachalam Muruganantham, 60 anos, que inventou uma máquina de produção de absorventes de baixo custo. Em 2012, Muruganantham ganhou o prêmio de Inovação Nacional Indiana das mãos da ex-presidente da Índia, Pratibha Patil. Em 2014, ele apareceu na lista das 100 pessoas mais influentes do ano pela revista Time.

Em todos os momentos, o inventor sempre deixou claro que tudo começou pelo ato de amar uma mulher e cuidar sempre dela. A fabricação de absorventes teve o objetivo de cuidar das mulheres da Índia e, com o propósito massivo e transformador, mudar a realidade de muitas mulheres, não apenas dando a oportunidade de criar hábitos mais saudáveis, mas também criando postos de trabalho para muitas indianas.

O enorme impacto causado por Muruganantham com a visão de empreendedorismo e a ação inovadora, enfrentando os grandes desafios e riscos, levou a Columbia Pictures a lançar, em 2018, um filme com produção e elenco indiano, baseado na vida do Homem – Absorvente.

A sugestão de exibição do filme foi do diretor de Inovação da Fapes, Elton Siqueira Moura, que destacou o papel do indiano semelhante ao trabalho da Fapes. “Com seus editais e sua equipe técnica, a Fapes apoia grandes ideias empreendedoras e inovadoras, dando a oportunidade para muitas pessoas escreverem suas histórias de sucesso, como a do indiano”, destacou Elton Moura.

A diretora-presidente da Fapes, Cristina Engel, ressaltou a necessidade de políticas afirmativas que permitam apoiar as mulheres nos aspectos que devem ser considerados como diferenciais, como, por exemplo, o período de gestação e os primeiros meses do filho, que a obrigam a se distanciar do trabalho.

“Quando essa mulher é uma pesquisadora na área de tecnologia, por exemplo, que pode avançar muito em poucos meses, seu retorno é difícil e deve ser apoiado”, pontuou Cristina Engel. Ela acrescentou que espera que os motivos que levam as mulheres a lutar contra as injustiças, tais como diferenças salariais, a violência e outras formas de opressão, não sejam mais necessários de serem lembrados e que, num futuro próximo, o dia 08 de março seja somente uma data para comemorar e servir como lembrança de uma conquista.

Ao fim da sessão, todas as servidoras receberam chocolate com seus nomes personalizados e teceram muitos elogios ao filme.

Texto: Jair Oliveira

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