14/07/2021 14h42 - Atualizado em 14/07/2021 15h19

Seminário avalia resultados de projetos para o Rio Doce

O seminário foi realizado pela plataforma Teams e reuniu os pesquisadores que tiveram projetos aprovados na chamada 06/2016.

Pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento reuniram-se durante três dias (12, 13 e 14/7) para apresentar os resultados de projetos que têm como característica comum a busca por conhecimento, tecnologias e processos para recuperação da Bacia do Rio Doce. Os estudos foram contemplados por uma chamada pública fruto de parceria entre cinco entidades: a  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Agência Nacional de Águas (ANA).

O Seminário de Acompanhamento Parcial da chamada 06/2016 – Apoio a Redes de Pesquisa para Recuperação da Bacia do Rio Doce foi oportunidade para os coordenadores dos 16 projetos financiados falarem sobre resultados, desafios e próximos passos. Ao dar as boas-vindas aos participantes, o presidente da FAPEMIG, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, destacou a importância da ciência para gerar respostas a desafios que se impõem à sociedade. “Essa iniciativa é uma prova de que, quando convocada, a inteligência de nossos estados oferece respostas robustas aos problemas. Vimos isso durante os episódios relacionados ao rompimento de barragens e, novamente, com a eclosão da pandemia provocada pela covid-19”.

A diretora-presidente da Fapes, Cristina Engel, destacou dois aspectos da chamada que considera fundamentais: o incentivo ao trabalho em rede e a formação de recursos humanos. “Não tem mais como, no mundo atual, desenvolver qualquer estudo sem que se tenha uma visão transdisciplinar e interinstitucional”, diz. Sobre as expectativas com os resultados, ela comenta: “esperamos que esses novos pesquisadores formados nas redes sejam multiplicadores do papel que todos nós temos na luta pela valorização da ciência e na busca da justiça social. Essa sonhada equidade social certamente só acontecerá quando tivermos políticas efetivas voltadas para a geração de conhecimento e para sustentabilidade, em suas vertentes ambientais econômicas e sociais. E para que isso aconteça, precisamos de pessoas preparadas para esse enfrentamento e eu tenho certeza que os projetos envolvidos com esse edital estão cumprindo a sua parte".

Também participaram da abertura representantes das outras agências parceiras: Maurrem Ramon Vieira, coordenador da Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade de Água da ANA, que destacou os impactos positivos da parceria entre agências governamentais e setor acadêmico; Maria Zaira Turchi, diretora de cooperação institucional do CNPq, que falou sobre a necessidade de apoio contínuo e articulação entre agências para a manutenção das redes de excelência instaladas; e Hayslla Boaventura Piotto, coordenadora de programas de indução e inovação da Capes, que mencionou o notório avanço das pesquisas relacionadas à recuperação da Bacia do Rio Doce.

Resultados

As apresentações foram divididas de acordo com as áreas temáticas priorizadas na chamada: estudos socioeconômicos; uso do solo; qualidade de vida; áreas degradadas; qualidade da água; biota; Mata Atlântica; ecossistemas de estuário; redução de resíduos; saneamento básico; e governança. Dessa forma, os participantes tiveram a chance de conhecer e tirar dúvidas sobre os trabalhos de colegas, o que, eventualmente, pode resultar em novos trabalhos em parceria.

Os três avaliadores indicados – dois da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) – fizeram perguntas e indicaram, quando o caso, sugestões para possíveis ajustes e correção de rota. 

Fonte: Ascom Fapemig

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