Alunos do Ifes – Campus de Cachoeiro de Itapemirim divulgam conteúdos científicos de forma dinâmica e acessível.
Você já ouviu falar no copo Stanley? Aquele que ajuda a manter a temperatura da bebida e virou "febre" no Espírito Santo e também pelo Brasil? Se sim, certamente também já se pegou curioso em saber o que tem dentro do famoso copo. E foi tentando desvendar esse mistério que um grupo de alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) – Campus Cachoeiro de Itapemirim viralizou nas redes sociais com um vídeo no "Ifes Ciência", perfil do projeto "Promoção da divulgação e alfabetização científica e empoderamento educativo através das redes sociais" no Instagram, que foi contemplado com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), por meio do Edital nº 11/2023 – Extensão Tecnológica.
"Ficamos muito orgulhosos do alcance que tivemos e foi muito gratificante receber milhares de comentários apoiando e parabenizando nosso trabalho. É a sensação de que estamos conseguindo cumprir nossos objetivos e que temos o potencial de fazer alguma diferença na forma como as pessoas se relacionam com a ciência", afirmou o professor do Ifes e mestre em Engenharia Mecânica, Hilton Moulin, que coordena o projeto.
"Hoje em dia nossa atenção está no celular e o consumo de conteúdo é muito dinâmico e disputado. Muitas pessoas nem sequer conhecem a ciência ou então associam ela a alguma experiência desagradável vivenciada em sala de aula. Projetos como o nosso, de divulgação e alfabetização científica, vem justamente quebrar esses paradigmas e também atrair novos admiradores, mostrando que a ciência pode ser muito mais legal do que a gente imagina ao apresentá-la de forma em que os conteúdos são consumidos hoje nas redes sociais: dinâmicos, objetivos, acessíveis e, principalmente, chamativos", frisou Moulin.
O perfil do projeto no Instagram está próximo de alcançar a marca de 200 mil seguidores. O professor Hilton Moulin aproveitou para destacar o apoio fundamental da Fapes para que tudo o que foi planejado pudesse ser executado. O valor utilizado foi de cerca de R$ 49,8 mil.
"Foi essencial. É muito provável que esse projeto não teria saído do papel sem o fomento do Edital de Extensão. Além do auxílio com os recursos para adquirir os materiais e recursos para produzir os experimentos, que é o mais óbvio, venho destacar a importância das bolsas que os alunos receberam para executar o projeto. O projeto é executado em paralelo com as atividades regulares da equipe. Estamos falando de alunos do terceiro ano, que estudam em tempo integral e que fizeram Enem este ano. Em diversos momentos, foi preciso abrir mão do lazer e descanso para poderem se dedicar ao projeto, e as bolsas são fundamentais para valorizar toda a dedicação exercida", explicou o coordenador Hilton Moulin.
O edital Extensão Tecnológica tem entre seus objetivos contribuir para a geração de novos conhecimentos, bem como à aplicação e transferência para o mercado de trabalho. Para o diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão, o projeto alcança o objetivo do edital. “É investimento público em ações de extensão para que o conhecimento gerado nas academias seja amplamente disseminado em todo o Estado e conectado às demandas reais da sociedade”, disse.
Ideia do projeto surgiu de paixão pessoal
Consumir conteúdos de divulgação científica sempre fascinou o professor Hilton Moulin. E foi essa paixão que despertou no professor a ideia de criar um projeto que pudesse produzir experiências que tornassem a ciência interessante e acessível por meio das redes sociais. Segundo ele, tudo começou com um edital interno do próprios Ifes, com o apoio da reitoria da instituição, e culminou com a participação no edital da Fapes.
"Percebemos que a atenção das pessoas hoje está muito voltada para as redes sociais. Em vez de esperar que elas venham até a ciência, decidimos levar a ciência até onde as pessoas estão, de uma forma divertida, prática e acessível. Assim, conseguimos despertar a curiosidade científica e promover o aprendizado de maneira leve e envolvente", destacou Moulin.
"Geralmente, buscamos escolher temas que são chamativos e que têm certa relevância científica. Nosso objetivo com isso é atrair a atenção do espectador, despertar seu interesse e curiosidade, para em seguida entregar o conhecimento científico. Para isso, usamos experimentos que em sua maioria apresentam efeitos visuais intrigantes ou que são contra intuitivos e desafiam os conhecimentos prévios de quem assiste, provocando assim o pensamento crítico", acrescentou o docente.
Moulin acredita ainda que a divulgação científica pode funcionar como uma "vacina" no combate às fake news que se propagam tão facilmente pelas redes socias atualmente. "Ao fornecer uma base sólida de conhecimentos e promover a compreensão dos fenômenos científicos, a divulgação científica capacita as pessoas a questionarem informações duvidosas. A alfabetização científica estimula o pensamento crítico. Quando nos deparamos com uma notícia suspeita, é essa base de conhecimentos que nos ajuda a identificar o que faz ou não sentido, e assim a informação incorreta perde força e não se propaga. Esse é um dos papéis mais importantes da ciência na sociedade atual", afirmou.
Modelo de estudo inédito é destaque
Outro ponto importante a destacar sobre o projeto é a respeito da modalidade de estudo dos alunos envolvidos. De acordo com Moulin, eles estudam em uma modalidade inédita no Brasil, fruto de uma parceria do Ifes – Campus Cachoeiro de Itapemirim, com a Secretaria da Educação (Sedu), onde os alunos estudam em duas escolas com uma única matrícula.
"Pela manhã, eles estudam o Ensino Médio regular na Escola Estadual Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, e, à tarde, vão para o Ifes estudar a parte técnica. Os alunos ingressam no primeiro ano do Ensino Médio e finalizam o Curso Técnico no terceiro ano do Ensino Médio. Então, eles terminam o Ensino Médio já com a formação de técnicos qualificados para o mercado de trabalho. Os alunos do projeto são alunos do Curso Técnico em Mecânica e já terminaram toda a parte técnica, restando apenas concluir o terceiro ano do Ensino Médio", completou o professor.
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