18/04/2024 12h08 - Atualizado em 18/04/2024 15h58

Projeto de exoesqueleto realizado por pesquisadores da Ufes tem apoio da Fapes

Foto: Comunicação do Labtel Ufes

A ideia é que exoesqueleto seja uma ferramenta de suporte no grau de força que usuário fará, além de poder monitorar como está sendo realizada a atividade física exercida.

Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em parceria com universidades internacionais, desenvolveram um exoesqueleto que oferece um maior grau de mobilidade, prevenção de lesões, fadiga muscular e também para o uso de movimentos repetitivos. O projeto está sendo realizado pelo doutorando Luis Jordy Arciniegas, sob a coordenação do professor do Departamento de Engenharia Elétrica Camilo Rodríguez, com o apoio técnico do aluno de Engenharia Mecânica Patrick Silva. 

O apoio da Fapes foi por intermédio do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), espaço do Governo do Estado administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) e voltado para a realização da pesquisa científica, tecnológica e de inovação, com a infraestrutura e equipamentos financiados pela Fapes. 

O professor e coordenador do projeto Camilo Rodríguez contou que também participou de alguns editais ofertados pela Fapes, em que estavam previstos gastos com equipamentos e que, após a compra desses equipamentos, foi possível realizar o projeto do exoesqueleto e outros estudos.    

Rodríguez ressaltou que o exoesqueleto, trabalho do doutorando Luis Jordy Arciniegas, vai servir como suporte no caso de cargas e auxílio em tarefas repetitivas, tendo em vista que essas tarefas estão relacionadas a doenças musculoesqueléticas e faz com que funcionários tenham que se afastar do trabalho. Nesse caso, uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de 60 mil casos de lesões por esforços repetitivos. 

O usuário do exoesqueleto vai poder vesti-lo como uma armadura, o que vai fornecer apoio e força para o paciente. A ideia é que seja uma ferramenta de suporte no grau de força que o usuário vai fazer, além de poder monitorar como está sendo realizada a atividade física exercida. 

“Esse exoesqueleto é baseado em robótica branda, ou seja, a gente faz uma atuação sobre as articulações, mas os motores não são ancorados diretamente na articulação. Nós temos, por exemplo, dois motores nas costas e através de polias e cabos de aço a gente faz uma transferência de força para os braços. O objetivo é evitar doenças musculares esqueléticas por excesso de carga e tarefas repetitivas”, disse o professor Camilo Rodríguez.   

Ele explica que, inicialmente, o exoesqueleto tem sua atuação focada no cotovelo, mas que futuramente pretende que o equipamento atue nos ombros. Além disso, segundo ele, está sendo iniciada uma etapa de atuação do exoesqueleto na coluna vertebral para a correção da postura, já que também serve para pessoas em reabilitação. 

O docente destacou também que a Fundação está sendo muito importante para a execução do projeto. “Com recursos para a compra de material de consumo que a Fapes disponibiliza, está sendo possível realizar o projeto. Esse apoio tem sido necessário para o desenvolvimento do protótipo, por meio da aquisição das impressoras 3D que utilizamos para a fabricação das peças do exoesqueleto e do espaço do CPID para a fabricação da ferramenta”, completou Rodríguez.   

O CPID 

O Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, o CPID, é fruto de uma parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC); Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti); a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). 

O Centro é uma entrega do Governo do Estado para as comunidades científica e empresarial capixabas, e atua como um espaço de apoio à pesquisa e inovação, além de firmar parcerias estratégicas nessas áreas, com um investimento de mais de R$ 27 milhões. A estrutura do empreendimento conta com uma área administrativa e uma área técnica, onde foram implantados sete laboratórios para a realização de pesquisas científicas e projetos de desenvolvimento tecnológico. 

Texto de Rafaela Aguiar

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