29/09/2023 10h50 - Atualizado em 16/10/2023 15h00

Projeto de conscientização sobre descarte correto do eletroeletrônico tem investimento do Edital PICJr da Fapes 

Foto Divulgação: Freepik

Alunos do Ifes participaram do projeto e utilizaram materiais de eletroeletrônicos recolhidos para fazer experimentos de oxirredução. 

Conscientizar os estudantes do Ensino Médio sobre a necessidade de fazer um descarte correto do lixo eletroeletrônico e, a partir disso, realizar experimentos de oxirredução foi o que estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), campus Vila Velha, realizaram com projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). Os alunos participaram do Programa de Iniciação Científica Júnior do Espírito Santo – Pesquisador do Futuro (PICJr) da Fapes. 

A ideia do projeto surgiu de um trabalho de mestrado realizado por um aluno do Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (Profqui) do Ifes, do qual o professor de bioquímica Joselito Nardy era o orientador e a professora Araceli Verónica Flores era coorientadora, sobre a contaminação de metais pelo lixo eletrônico. O projeto trouxe a proposta de conscientizar os alunos da necessidade de fazer a reciclagem e descarte correto dos lixos eletroeletrônicos que causam grande prejuízo ao meio ambiente por serem ricos em metais pesados. O estudo também contou com a coordenação do pesquisador do Ifes da área de química André Assis, a tutoria da pesquisadora também do Instituto Araceli Verónica Flores e da colaboração do professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Joselito Nardy.

“Primeiro, nós fizemos uma coleta seletiva dentro do campus. Após a coleta, separamos os materiais para ver quanto tinha de cada um. Depois de uma pesquisa sobre os materiais reciclados, os alunos chegaram à conclusão de que os metais mais presentes nos materiais eram os metais cobre e chumbo. Então, optamos por trabalharmos com cobre”, explicou a tutora do projeto Araceli Verónica Flores.  

Ela contou ainda que os alunos fizeram a separação dos fios de cobre, dos materiais que foram recolhidos por eles e, em seguida, utilizaram esses fios para fazer experimentos de oxirredução. 

O projeto, intitulado “Impacto ambiental do lixo eletrônico na pandemia de Covid-19”, foi contemplado no Edital Fapes/Sedu nº 10/2021 – Programa de Iniciação Científica Júnior do Espírito Santo – Pesquisador do Futuro (PICJr), e recebeu o valor de R$ 31,5 mil para ser desenvolvido. 

A tutora do projeto, que é doutora em Ciências (Química Analítica), Araceli Verónica Flores, elogiou a iniciativa do edital por envolver os alunos na pesquisa científica, destacando o quanto eles cresceram profissionalmente com esse tipo de pesquisa. “Esse trabalho foi um ganho excepcional para os estudantes. O estudo desenvolvido foi enviado para o Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído, o Encac. Isso mostra o ganho em termos profissionais que os alunos adquiriram e é lindo de se ver”, destacou a pesquisadora.   

O que é oxirredução? 

A oxirredução, ou simplesmente redox, é um processo químico em que ocorre a transferência de elétrons entre alguns elementos de reagentes da reação. O elemento que perde elétrons sofre uma reação de oxidação, enquanto o elemento que recebe elétrons sofre uma reação de redução. 

O que é o Edital PICJr? 

Incentivar para que alunos da Rede Pública de Ensino Básico capixaba tenham experiência com a pesquisa científica, tecnológica e de inovação é o que o Programa de Iniciação Científica Júnior – Pesquisador do Futuro (PIC Jr.) da Fapes visa a promover. 

O recurso total disponibilizado para financiar os 104 projetos de pesquisa contemplados no Edital 10/2021 foi de R$ 2 milhões. Do valor total de recursos destinados, metade foi da Fapes, oriundo do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec), e a outra metade foi da Secretaria da Educação (Sedu).

“Esse programa é um investimento no hoje com o olhar no amanhã! É um edital recorrente da Fapes e o abrimos todos os anos porque entendemos que é o nosso maior e melhor instrumento de sensibilização do jovem estudante, tanto para que ele deseje ingressar num curso superior quanto para que entenda e sonhe em ser um pesquisador. Com o programa, conseguimos mostrar para os jovens capixabas, especialmente os que residem em áreas de maior vulnerabilidade social, que existem caminhos que podem conduzi-los a uma vida recheada de descobertas e de possibilidades”, explicou o diretor-presidente da Fapes, Denio Arantes. 

Texto: Rafaela Aguiar e Samantha Nepomuceno 

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