04/11/2024 14h10 - Atualizado em 04/11/2024 14h36

Fapes recebe Petrobras em workshop com foco em oportunidades e parcerias na área de inovação

Evento mobilizou o ecossistema de pesquisa e empreendedorismo capixaba, estreitando o relacionamento com a empresa nacional.

Uma manhã de muita integração e prospecção. O auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) recebeu, na última sexta-feira (1º), o workshop "Petrobras e Espírito Santo: oportunidades e parcerias na área de inovação". O evento contou com a presença de Júlio Cesar Leite, gerente geral de Gestão da Inovação Tecnológica, e Vinícius Maia, gerente do programa Conexões para Inovação, ambos do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras.

Também estiveram presentes os diretores da Fapes, Rodrigo Varejão, Elton Moura e Celso Seibel; o subsecretário de projetos integrados da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), Matheus Oggioni, além de representantes de empresas capixabas de base tecnológica e das instituições ensino, pesquisa e inovação do Espírito Santo.

Terceiro maior produtor de óleo e gás do País, o Espírito Santo também pode se tornar um polo de desenvolvimento de novos negócios para o setor, de acordo o diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão. Por isso, ele destacou a importância do workshop e acredita que, após o encontro, o relacionamento com a Petrobras deve se intensificar, visando mais projetos em conjunto.

"O resultado foi muito melhor do que esperávamos. Conseguimos mobilizar o ecossistema capixaba com a participação de pesquisadores e com muita experiência e excelência no trabalho que eles fazem, além de competência em problemas de interesse da Petrobras. Também mobilizamos empresas capixabas de base tecnológica, jovens empreendedores com potencial de trazer soluções e novos negócios para a Petrobras”, explicou Varejão.

“Então, foi uma oportunidade desses dois grupos, pesquisadores e empresas de apresentarem suas competências, e, por outro lado, foi uma oportunidade para a Petrobras perceber que o Espírito Santo tem um ecossistema robusto, com potencial de ser um parceiro estratégico para os desafios que a empresa tem pela frente. E o Governo do Estado tem um papel importante para induzir esses atores a continuarem no protagonismo, continuarem mantendo relevância e serem estratégicos no planejamento da Petrobras", acrescentou o diretor-geral da Fapes.

Quem também gostou muito do que viu foi Júlio Cesar Leite, gerente-geral de Gestão da Inovação Tecnológica do Cenpes/Petrobras. Segundo ele, existe uma enorme gama de oportunidades de integração entre o centro de pesquisa da Petrobras com o ecossistema de inovação do Espírito Santo, o que tende a aumentar a conexão entre a empresa e o Estado nos próximos anos.

"Encontramos um ambiente muito frutífero. Tivemos a oportunidade de conversar tanto com a Fapes, que é uma fomentadora de pesquisa, quanto também conversar com vários professores, pesquisadores aqui da área do Espírito Santo, além de startups que já tiveram conexões com a Petrobras e outras que têm oportunidade de ter conexões no futuro. Conseguimos trocar muita informação, não somente técnica, mas também dos desafios da integração do sistema da inovação do Espírito Santo e como integrar também com o Sistema Petrobras. Então, eu saio daqui hoje muito feliz com o que eu vi, com o que foi apresentado”, afirmou Leite.  

“Hoje, a Petrobras investe em vários estados do País, mas o Espírito Santo é uma área muito ligada à indústria de óleo e gás. A gente já tem alguns projetos aqui e tem potencial de um aumento, com uma visão integrada das necessidades da Petrobras e com o que o Espírito Santo tem a agregar com as ICTs, com a própria Fapes dando o suporte, com as empresas e as universidades. Eu vejo com muito bons olhos essa possibilidade de um aumento da conexão entre o ecossistema de Inovação do Espírito Santo e a Petrobras", complementou o gerente-geral de Gestão da Inovação Tecnológica do Cenpes/Petrobras.

Fundador do Laboratório de Métodos Experimentais em Fenômenos de Transportes (LaMEFT – Ufes), o professor Bruno Venturini Loureiro elogiou a iniciativa da Fapes e sugeriu que encontros como esse deveriam ocorrer mais vezes.

"Entendo o seguinte: esse workshop é muito importante para poder juntar três atores: que é o pesquisador, a pessoa que realmente produz na universidade, os empresários que estão ali com as suas startups, suas empresas, tentando desenvolver novos produtos e comercializar os seus desenvolvimentos, e a Petrobras que é uma empresa fortemente financiadora no âmbito do Brasil”, frisou Loureiro.

“Então, quando você junta esses três atores, cada um começa a enxergar as dores do outro, entender onde pode melhorar, onde pode atuar, para onde pode crescer e acabar divulgando também aquilo que faz. Esse tipo de ação é muito importante. Deveria haver outras ações como essa para podermos ampliar e oportunizar as diferentes instituições, a visão do que a gente está fazendo, a visão do que pode ser feito e criar conexões. Acho que esse é o segredo", destacou o professor e fundador do LaMEFT – Ufes.
 
Daiane Erlacher Castro, sócia e gerente de projetos da startup 2Solve, que atua na área de engenharia, tecnologia e serviços, acredita que o workshop foi importante para mostrar aos representantes da Petrobras as inovações e tecnologias desenvolvidas no Espírito Santo.

"Foi uma vitrine e espero que a Petrobras consiga enxergar a nossa capacidade capixaba que é muito grande. Por isso, acho que o evento foi de extrema importância. Temos diversas empresas maravilhosas, muitas tecnologias sendo desenvolvidas, também pela Ufes e Ifes, e a Petrobras acaba não sabendo e não utilizando", comentou Daiane Castro.

Visita técnica ao CPID

Após o workshop, os representantes do Cenpes tiveram a oportunidade de conhecer o Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), do Governo do Estado. Eles participaram de uma visita técnica guiada por Paulo Rodrigo de Freitas, responsável pela Gerência de Ciência, Tecnologia e Informação (GECIT), da Secti, e puderam conhecer alguns projetos desenvolvidos no local.

"A gente teve a oportunidade de conhecer os laboratórios do CPID e é muito legal o que a gente viu aqui. Tem um trabalho a ser feito de desenvolvimento laboratorial aqui e é bom ver outras áreas, outras ICTs, se mobilizando para contribuir com o ecossistema de inovação do Espírito Santo. A gente tem um potencial muito grande no futuro", ressaltou Júlio Cesar Leite.

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