Representantes da Fundação Araucária compartilham case de sucesso, ações e parcerias; Evento também com dinâmica prática entre os convidados.
A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) deu mais um passo para consolidar seu projeto de internacionalização da pesquisa capixaba. Nessa terça-feira (16), foi realizado, no auditório da Fundação, um workshop com objetivo de trocar experiências e aprendizados sobre internacionalização como estratégia de desenvolvimento, com foco nas ações realizadas pela Fundação Araucária, do Paraná. O evento contou com a participação da diretoria executiva da Fapes e teve como ênfase identificar melhorias e boas práticas aplicáveis ao contexto do Espírito Santo.
Na busca de inspirar e engajar as ações dos atores capixabas, os representantes da Fundação Araucária apresentaram a dezenas de presentes as iniciativas tomadas pela instituição paranaense visando fortalecer suas relações internacionais ao longo dos últimos anos, a partir de cases de sucesso que evidenciam o alinhamento entre o plano de gestão da Fundação e os interesses do Governo do Paraná. Além disso, eles também mostraram ações e parcerias estratégicas, instrumentos e mecanismos de internacionalização que vem adotando, e suas áreas prioritárias de atuação.
"A gente tenta focar muito no resultado. A gente escolhe regiões realmente que podem agregar valor para a política de ciência, tecnologia e inovação do Estado. Essa identificação naturalmente se faz por um processo, no nosso caso, envolvendo o Conselho de Ciência e Tecnologia e a própria Secretaria de Ciência e Tecnologia. Uma coisa que a gente percebeu, que eu acho legal de falar, é que a gente hoje se apresenta não como uma agência de fomento, mas como uma agência de inteligência e fomento. E a gente acaba encaminhando muitas orientações de uso do recurso, justamente para estar mais alinhado com a política pública. Isso tem trazido um resultado interessante. Essa orientação por resultado para nós é muito importante. Basicamente a gente se utiliza de elementos talvez mais convencionais, mas sempre focados, recortados para esses resultados: que são a questão da mobilidade, propostas conjuntas, chamadas conjuntas, e programas bilaterais específicos”, explicou Luiz Márcio Spinosa, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária.
Em outro momento da apresentação, Eliane Segati, chief of international office da Fundação Araucária, falou da importância de gerar experiências internacionais para jovens estudantes, citando o “Ganhando o Mundo da Ciência”, programa desenvolvido pela instituição.
"O programa iniciou com a Secretaria de Educação, promovendo a mobilidade dos nossos alunos do 2º ano do Ensino Médio para diferentes países. A partir daí, trouxemos a proposta, na vigência dessa diretoria da Fundação, para “Ganhando o Mundo da Ciência”, para que nós pudéssemos olhar uma maneira de internacionalização também voltada para o Ensino Superior. Temos a experiência com o programa antigo do Governo Federal, que é o Ciências Sem Fronteiras. Sabemos o que funcionou, o que não funcionou, e trouxemos um pouco disso para fazer a modelagem do nosso. Nós temos a exigência de que esse aluno de graduação precisa estar realizando iniciação científica, por exemplo. Ele tem que ter uma experiência de pesquisa para ser elegível. Então, por fim, nós motivamos esses alunos a se engajarem na pesquisa desde cedo, o que para nós é muito importante para a sua qualificação", apontou Eliane Segati, chief of international office da Fundação Araucária.
Dinâmica prática
Como parte do workshop, os convidados presentes, membros da Rede de Internacionalização da Educação do Espírito Santo (RIIES), coordenadores de programas de pós-graduação (PPGs) do estado, representantes de secretarias do Governo do Estado, e membros da Fapes, participaram de uma atividade prática chamada "Hands on", método que consiste em colocar as pessoas como protagonistas na solução de problemas reais.
A ideia era gerar uma reflexão coletiva e aplicar a metodologia World Café, que utiliza um ambiente informal de café para promover diálogos significativos e colaboração em grupos, estimulando a construção de ideias e planos de ação locais.
O diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão, definiu o momento como uma “provocação de alto nível” proposta pelos representantes da Fundação Araucária.
"Uma das nossas prioridades de atuação é dar maturidade às nossas iniciativas. Apesar do fomento estar crescendo, eu preciso das instituições cada vez mais fortes para nos ajudar a processar a agenda. A gente tem que pensar em trabalhar em rede. Esse foi o grande diagnóstico que o CGEE fez do Espírito Santo: nós hoje temos muitas iniciativas, mas elas estão desconectadas. Acho que isso ficou evidente, inclusive nas falas feitas nessa atividade dinâmica”, destacou Varejão.
“Apesar do avanço, temos muito o que fazer ainda. Nós estamos atacando algumas frentes de tudo que foi falado, é um começo. A semente da internacionalização foi muito bem plantada e nutrida aqui com essa experiência fantástica que nos foi passada pelo pessoal do Paraná, e muitas das inquietações que foram levantadas pelos grupos estão contempladas no nosso primeiro Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será lançado em breve", pontuou.
No encerramento das atividades, Ramiro Wahrhaftig, presidente da Fundação Araucária, elogiou a iniciativa do evento e enalteceu as soluções apresentadas pelos participantes.
"Mesmo num momento curto como esse, as principais ideias foram apontadas, não vão dividir dessas que nós pusemos aqui. As principais formas de como nós podemos avançar foram levantadas pelos grupos. Claro que depende de uma série de condicionantes, mas são por aí. Quero deixar meu agradecimento pela presença, atenção e participação de todos durante essa tarde", frisou Wahrhaftig.
BretA 2026: inscrição para missão internacional aberta
O Brazilian Retail Techs in Argentina (BretA), uma parceria da Fapes com a Fecomércio-ES e a Bcome.global, com apoio do Programa Diplomacia da Inovação - do Ministério das Relações Exteriores, e do Sebrae, que vai dar a oportunidade para empresas/startups capixabas se conectarem com o mercado da América Latina e ampliarem sua atuação global.
O objetivo central do BretA 2026 é estabelecer vínculos permanentes entre as Retail Techs do Brasil e o ecossistema de inovação do país vizinho. O programa culminará em uma missão internacional de sete dias em Buenos Aires, de 10 a 16 de maio de 2026, que incluirá a participação no Retail Day 2026, um dos principais eventos B2B do setor varejista da América Latina, além de rodadas de negócios e visitas técnicas. A chamada vai selecionar até 15 startups para a missão internacional - sendo até cinco capixabas.
Serviço:
Edital Brazilian Retail Techs in Argentina (BretA 2026): clique aqui e acesse o edital
Prazo para as inscrições: 22/12/2025
Site para inscrição: https://fecomercio-es.com.br/breta-2026/
Data da missão na Argentina: 10 a 16 de maio de 2026
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