O seminário apresenta novas metodologias apoiadas no sensoriamento remoto para melhorar a realização de inventários florestais. 

O 1º Seminário Internacional de Sensoriamento Remoto aplicado à Mensuração Florestal teve início nessa terça-feira (20). O evento conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e objetiva apresentar novas metodologias apoiadas no sensoriamento remoto, via drone, para melhorar a realização de inventários florestais, tornando-os mais rápidos, com menor custo e com um nível de informações mais detalhadas. 

O Seminário é presencial e acontece no Departamento de Ciências Florestais e da Madeira (DCFM) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Jerônimo Monteiro, com programação até esta quinta-feira (22). A organização é realizada por pesquisadores da Ufes, sob a coordenação do doutor em ciência florestais Gilson Fernandes da Silva. 

A realização do evento é fruto de uma parceria já existente entre o Departamento de Ciências Florestais e da Madeira da Ufes, por meio do laboratório de Mensuração e Manejo Florestal, a Universidade de Maine nos Estados Unidos, Budapest University of Technology and Economics e a Universidad Tecnológica Indoamérica do Equador. Tem também o aporte financeiro disponibilizado pelo Edital Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (Pronem), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O diretor técnico-cinético da Fapes, Celso Saibel, explicou a importância de a Fundação investir nesse tipo de evento que apresenta pesquisas que geram soluções inovadoras para problemas locais. “Eventos como este, além de atrair interessados na área, desperta a curiosa dos alunos que têm interesse em ingressar na carreira. Então, o primeiro contato que esses estudantes têm com pesquisadores e com resultados de pesquisas é por meio desses seminários. Logo, temos uma importância tanto por trazer pessoas de fora, de outros países, quanto por divulgar a área e atrair possíveis interessados”, declarou.

O Seminário conta com a presença de convidados nacionais e internacionais, inclusive da Nasa. Serão 14 palestras de diferentes empresas e universidades, com a presença de seis palestrantes de países distintos. Além de oferecer mais de 20 horas de conteúdo compartilhado, todo o evento acontece de forma presencial com programação científica nos auditórios e apresentação dos trabalhos orais, pôsteres e visitação, na área de exposição.  

Um exemplo de tecnologia que será apresentada no Seminário é o drone que utiliza o sensor light detection and ranging, coletando imagens da floresta e proporcionando fazer análise dos dados, o que permite saber, por exemplo, qual estágio que a floresta se encontra e realizar medidas para a recuperação da floresta, além de discutir técnicas monitorial do desmatamento das áreas com precisão, sem demandar muito tempo. 

Conheça mais sobre o evento no site: https://remoteforestbrazil.com.br  

O Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (Pronem) 

O CNPq instituiu o Pronem para apoiar grupos emergentes de pesquisa já estabelecidos ou em fase de implantação. No Espírito Santo, a finalidade dos editais do Programa, executados em parceria com a Fapes, foi o de fomentar os Núcleos Emergentes do Estado, por meio de apoio a projetos de pesquisa científica, tecnológica ou de inovação (PD&I), visando a contribuir para o fortalecimento e a consolidação de grupos de pesquisa sediados em instituição capixabas, em temas prioritários nas áreas de Biotecnologia, Energias Renováveis, Novos Materiais, Saúde, Educação, Robótica e Automação, e Tecnologia da Informação. 

Nos editais da 05/2017 e 23/2018 do Pronem, foram investidos mais de R$ 6 milhões, sendo 50% da Fapes e 50% do CNPq. 

Texto: Rafaela Aguiar 

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