28/02/2018 11h18 - Atualizado em 28/02/2018 14h33

Dependência em drogas e transtornos neuropsiquiátricos podem ser controlados por neurofeedback com realidade virtual

Os estudos estão sendo realizados por pesquisadores, com recursos do Governo do Estado por meio da Fapes e do CNPq

A evolução da tecnologia não só auxilia na melhoria e rapidez da comunicação, mas também a solucionar problemas relacionados à saúde, ou minimizar os impactos que certas doenças causam.

Com base nesta ideia, o Governo do Estado – por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) – aprovou financeiramente o projeto “Núcleo de Pesquisa Neurofeedback: aplicação nas desordens neuropsiquiátricas”, por meio do edital Programa de Apoio à Núcleos Emergentes (Pronem), com recursos também do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O Núcleo tem o objetivo de realizar o tratamento de condições impulsivas-compulsivas-aditivas, onde será integrado atividade cerebral à um ambiente de realidade virtual que pode ser modificado pela pessoa de modo a possibilitar mudanças comportamentais por um treinamento cognitivo, chamado de Neurofeedback.

De modo geral, o feedback é fornecido por recursos digitais, como notas musicais, imagens ou vídeos, que são modulados pela atividade cerebral registrada. “A técnica terá grande relevância no tratamento das dependências químicas e outros transtornos neuropsiquiátricos, possibilitando às pessoas portadoras destas condições, a recuperação da possibilidade de assumir o controle cognitivo sobre o seu comportamento”, destacou a coordenadora do projeto e também professora do Departamento de Ciências Fisiólogicas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ester Miyuki Nakamura Palacios.

No Estado, a equipe é composta por mais três pesquisadores da Ufes: Anselmo Frizera Neto e André Ferreira, do Departamento de Engenharia Elétrica e Mariane Lima de Souza, do Departamento de Psicologia Social. O projeto, também conta com dois pesquisadores da Alemanha, um da Espanha e outro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A pesquisa

O estudo vem sendo elaborado nos últimos anos com a reunião das competências de pesquisadores de diferentes áreas (saúde, psicologia e engenharia), e de diferentes instituições nacionais (Ufes e Unicamp) e internacionais (IfADO da Alemanha e CSIC da Espanha).

Com o recurso de R$ 169.830 mil, a equipe agora vai trabalhar um protótipo do sistema completo de neurofeedback até o final deste ano para em seguida avançarem na consolidação do sistema mais complexo para testagem clínica, visando aplicação nas condições mencionadas se comprovados os seus benefícios do ponto de vista científico e clínico.

Resultados esperados

O projeto será de grande relevância para o tratamento das dependências químicas e outros transtornos neuropsiquiátricos, possibilitando às pessoas portadoras destas condições a recuperarem a possibilidade de assumir o controle cognitivo sobre o seu comportamento.

Para a área de engenharia, alunos de Doutorado terão a oportunidade de trabalhar diretamente com a área de neurociências, cujos equipamentos trarão incremento à suas pesquisas. Já para a área da psicologia, o principal impacto esperado pelo projeto é a consolidação do laboratório de pesquisa experimental na área da psicologia cognitiva, com especial ênfase no desenvolvimento da linha de pesquisa básica dos estudos da atenção e consciência, inserida na grande área das neurociências.

Informações à imprensa

Palloma Spala/ Fernanda Magalhães

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