Ex-aluna de programa do Governo do Estado é incentivada durante o ensino fundamental e consegue construir vida acadêmica na Universidade Pública
Incentivar estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio da rede pública a ingressarem no mundo científico. Este é o objetivo do Programa de Iniciação Científica Júnior (Pic Júnior) financiado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e também pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Atualmente são 800 estudantes dentro do projeto, que sonham em entrar na Universidade assim como a farmacêutica Julianne Soares Batista sonhou em 2009, ao entrar no projeto Estudo farmacoepidemiológico do uso de analgésicos em crianças e adolescentes de uma escola pública, em São Mateus. “Confesso que aos 15 anos fui apenas atraída por este nome grande que me pareceu muito importante e inteligente. Mas, eu não fazia ideia das portas que este projeto me abriria”, destacou.
Durante as pesquisas e todas as atividades desenvolvidas, Julianne percebeu que queria ser farmacêutica, e começou sua jornada na profissão em 2011, quando foi aprovada no vestibular de Farmácia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Daí em diante não parou mais.
Logo que concluiu a graduação, em 2015, iniciou o Mestrado na área de Ciências Farmacêuticas na Ufes, no qual já está concluindo, e recentemente conseguiu a aprovação no Doutorado em Doenças Infecciosas. “Agradeço a Fapes por financiar projetos como estes, que me alcançaram, e saliento aqui a importância deles continuarem. Pretendo ser participante de projetos semelhantes para alcançar e direcionar mais alunos de escolas públicas à universidade, assim como eu fui", acrescentou a farmacêutica.
Pic Júnior
Com conteúdos de diferentes áreas, e experiência com alunos de graduação, além de professores pesquisadores, o Pic Júnior amplia os conhecimentos dos alunos e leva outras opções além daquelas que a escola oferece, com o objetivo de ampliar a noção do mundo. “O exemplo da Julianne e a vontade que ela hoje sente, é exatamente o que queremos despertar nos alunos que participam do projeto. Por ser novo, acredito que daqui para frente a estimativa é que muitos outros sigam o exemplo dela”, destacou o diretor-presidente da Fapes, José Antônio Bof Buffon.
O grupo de pesquisa do Pic Jr. é composto por um pesquisador bolsista da Fapes, junto com um professor-tutor da escola onde serão desenvolvidos os estudos, dois monitores de graduação e 10 alunos. “O objetivo é despertar vocações científicas, incentivar talentos potenciais entre estudantes, mediante a participação em atividades teóricas e práticas de pesquisa técnico-científica ou de inovação”, destacou a gerente de formação e capacitação técnico-científica, Letícia Sartório
São aplicados projetos em todas as áreas do conhecimento que busquem despertar vocações científicas e tecnológicas, além de incentivar talentos potenciais. “Com o projeto, os alunos passam o dia todo na escola, além de aprenderem conteúdos que muitas vezes são ensinados apenas na faculdade”, destacou o diretor-presidente da Fundação, José Antônio Bof Buffon.
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