10/11/2017 17h03

Alunos da rede pública de Venda Nova do Imigrante desenvolvem pesquisas científicas com recursos da Fapes

Com o objetivo de avaliar os resultados dos Projetos de Iniciação Científica Júnior (Pic Júnior) e verificar o desempenho dos alunos e monitores participantes com o que está sendo estudado e pesquisado, foi realizado, nesta quinta-feira (09), o Seminário de Avaliação de Resultados com seis projetos do município de Venda Nova do Imigrante.

Os projetos geralmente têm a ver com a região, e como o município de Venda Nova é reconhecido principalmente pela agronomia, a maioria das pesquisas é voltada para esta área. Como é o acaso do projeto “Uso de papel Kraft como alternativa para o controle de ervas daninhas no cultivo da alface”, do pesquisador Luiz Fernando Favarato.

No projeto, é explicado que a prática de cobertura do solo, chamado de mulching, é tradicionalmente recomendado no cultivo da alface, pois apresenta múltiplas funções, como evitar perdas excessivas de água, reter a umidade do solo, diminuir o impacto da chuva e a erosão, evitar alterações bruscas da temperatura do solo e reduzir gastos de mão de obra nas capinas. No entanto, o uso do mulching plástico na agricultura representa um sério problema ecológico, pois, é um material resistente aos decompositores, acarretando grande volume de lixo.

Para isso foi criada a pesquisa, com o objetivo de avaliar o potencial de uso do papel kraft como alternativa para o controle de plantas daninhas no cultivo da alface. “O papel kraft pode promover cobertura do solo de forma imediata a um custo acessível para o produtor, sem prejuízos com a contaminação do meio ambiente. Como forma de disponibilização dos resultados serão programadas visitas técnicas, que possibilitam o repasse dos novos conhecimentos gerados para os professores e alunos da escola”, destacou o pesquisador e coordenador do projeto, Luiz Fernando Favarato.

Pic Junior

São projetos em diversas áreas, desenvolvidos em escolas públicas de ensinos fundamental e médio, com recursos do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). “O objetivo é despertar o interesse pela pesquisa científica nos estudantes, proporcionar ainda mais conhecimento e auxílio nos estudos,  incentivar que os alunos entrem na universidade e posteriormente se tornem pesquisadores”, destacou o presidente da Fapes, José Antônio Bof Buffon.

Cada projeto conta com 14 participantes: um professor tutor, o coordenador do projeto; dois monitores estudantes de graduação da área estudada; e mais 10 alunos de ensino médio.  Todos recebem uma bolsa par auxiliar os estudos. A escolha dos alunos e monitores é feita pelo professor e coordenador do projeto por meio de processo seletivo.

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