Pesquisa do Programa “Idiomas sem Fronteiras” aponta que apenas 3% dos acadêmicos e pesquisadores brasileiros têm o nível C1 de inglês (avançado).
Com o objetivo de engajar a comunidade acadêmica para a chamada "Universidades para o Mundo: Desenho de Estratégias de Internacionalização e Políticas Linguísticas", o British Council realiza um ciclo de workshops para capacitar as instituições de Ensino Superior a estruturarem propostas de internacionalização e participação no edital, que tem previsão de lançamento até o final deste mês de fevereiro.
Os wokshops são on-line e transmitidos pela página do British Council no Facebook (https://m.facebook.com/BritishCouncilBrasil/). O primeiro evento aconteceu nesta quinta-feira (04) e a íntegra da transmissão está disponível na rede social do British Council.
O próximo workshop acontece no dia 25 de fevereiro, entre 9h30 e 16h30, com o tema “Políticas Linguísticas para a Internacionalização”. Na ocasião, estarão em pauta as dimensões linguísticas da internacionalização e a discussão de elementos essenciais para a construção de políticas linguísticas institucionais.
Encerrando o ciclo de eventos, no dia 11 de março, o workshop “Estruturação de Internacionalização e Políticas Linguísticas” vai oferecer subsídios para a elaboração de um plano de internacionalização, considerando estratégias e políticas linguísticas, em parceria com instituições do Reino Unido.
“Universidades para o Mundo”
A chamada "Universidades para o Mundo: Desenho de Estratégias de Internacionalização e Políticas Linguísticas" é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e do British Council que visa a diminuir a deficiência de habilidades da língua inglesa na comunidade científica brasileira. A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) participa da chamada e garante a aplicação de até R$ 150 mil para apoiar três propostas de R$ 50 mil cada. O programa “Universidades para o Mundo” conta com a parceria do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) para ser realizado no Brasil.
O edital surgiu a partir de uma série de levantamentos e projetos realizados durante a atuação das entidades parceiras. Ficou claro que entre as principais barreiras para a internacionalização da educação superior estavam a ausência ou fragilidade de estratégias institucionais e o baixo domínio do idioma inglês por parte da comunidade técnica, acadêmica e científica brasileira.
Um diagnóstico realizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) reforçou a importância da internacionalização das comunidades universitárias locais e de não se limitar à mobilidade internacional. Além disso, pesquisas realizadas pelo Programa “Idiomas sem Fronteiras” demonstraram que apenas 3% dos acadêmicos e pesquisadores de universidades brasileiras com pós-graduação têm o nível C1 de inglês (avançado).
Internacionalização e políticas linguísticas
A chamada une a proposta da “internacionalização em casa” e o aprimoramento de políticas linguísticas nas instituições de Ensino Superior, por meio do intercâmbio de conhecimentos com o Reino Unido.
As universidades e faculdades poderão elaborar planos de internacionalização, desenvolver ferramentas e capacitação, além de contribuir para aprimorar ou modificar políticas linguísticas relacionadas ao aprendizado e ao ensino do inglês.
As propostas apresentadas devem conter: análise embasada dos aspectos de contextos locais e sua relação com aspectos globais; previsão dos resultados a partir do projeto, considerando benefícios gerais e áreas a serem fortalecidas; definição dos instrumentos a serem utilizados para monitorar e avaliar os resultados do projeto; estratégia que garanta a sustentabilidade das iniciativas e dos benefícios obtidos como resultado do edital.
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