25/02/2022 14h34

Investimento permite seleção de mais de 100 projetos de iniciação científica júnior no resultado final do PIC Jr. 2022

Foto Divulgação: freepik.com

A Fapes aportou mais R$ 1.287.010,50 na chamada pública para classificar 104 projetos de pesquisa que serão executados por estudantes da Rede Pública de Ensino. 

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) divulgou, nesta sexta-feira (25), duas novidades sobre o Edital Fapes/Sedu nº 10/2021 - PIC Jr. 2022: mais investimento na chamada pública e a seleção de 104 projetos de iniciação científica júnior, que serão executados por estudantes da Rede Pública de Ensino.  O resultado final, ou seja, homologado já está disponível para acesso clicando aqui.

Ao todo, R$ 1,2 milhão foram aportados no Programa de Iniciação Científica Júnior do Espírito Santo – Pesquisador do Futuro pela Fapes e, com isso, o investimento no edital subiu de R$ 2 milhões para mais de R$ 3 milhões. O novo recurso permitiu que a Fundação selecionasse mais projetos para serem contratados e iniciarem a execução ainda neste 1º semestre.

O edital é uma parceria da Fapes com a Secretaria da Educação (Sedu) e selecionou propostas de projetos que serão desenvolvidos por alunos e professores de escolas públicas localizadas no Espírito Santo, prioritariamente em bairros atendidos pelo Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado.

Os projetos classificados devem estar sob a coordenação de pesquisadores de instituições de ensino ou pesquisa sediadas no Espírito Santo e em conformidade com os temas de interesse do edital.

O PIC Jr. 2022 recebeu 159 inscrições de projetos e, desse total, 62 haviam sido classificados no resultado preliminar, divulgado no dia 1º de fevereiro, e 104 foram selecionados no resultado final devido o novo aporte financeiro realizado pela Fapes.

Projeto selecionado

Com o título “Preconceitos estruturais na sociedade atual: desmistificando os conceitos na educação de adolescentes por meio de metodologias ativas”, o projeto, que é uma parceria entre a instituição de pesquisa Emescam e a EEEFM Elza Lemos Andreatta, localizada no bairro Ilha das Caieiras, em Vitória, a proposta tem o objetivo de avaliar o nível de conhecimento e aprendizado de adolescentes de uma escola de Ensino Médio acerca dos tipos de preconceitos estruturais.

O projeto atua na área de Desenvolvimento Econômico, Ambiental e Sociocultural e pretende contribuir para a redução da cultura do preconceito racial e de gênero na sociedade e formar jovens estudantes com pensamento crítico-reflexivo desenvolvido para a sociedade e posterior ingresso no Ensino Superior. Além de capacitar jovens adolescentes a não realizarem práticas discriminatórias na sociedade e a promover a disseminação do conhecimento científico na escola por meio do fomento a prática científica e a realização de pesquisas em ambientes escolares.

Histórias de sucesso do PIC Jr.  

Os colegas Guilherme Thomas e Gabriel Hanson participaram do PIC Jr. em 2018 e mudaram de vida a partir da experiência. Ambos eram estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campus Cachoeiro de Itapemirim e trabalharam no projeto “Do subliminar ao visível: de que forma se estruturam e se manifestam os processos de discriminação entre os sujeitos do contexto educativo no Ifes – Campus Cachoeiro de Itapemirim”.

“O projeto foi um divisor de águas na minha vida. Além de ter ganhado bolsa, que faz diferença na situação financeira de qualquer pessoa, conheci a professora que me deu contatos para o mundo das ciências sociais. Eu achava que seria um cientista na área de biologia, mas depois do projeto me apaixonei pela área de Ciências Sociais”, comentou Gabriel Hanson, que, atualmente, é estudante da Universidade de São Paulo (USP) e trabalha em uma pesquisa, com o tema discriminação de gênero e orientações sexuais em antropologia.

Guilherme Thomas também atribui ao PIC Jr. a escolha por seguir a carreira de pesquisador. “O projeto foi de extrema importância para minha formação como cidadão e pesquisador. Mudou minha maneira de enxergar o mundo. Hoje, olho para as coisas com um olhar mais crítico e tento não deixar que minhas concepções pessoais alterem a maneira como analiso o mundo ao meu redor. Além de ter sido essencial para ajudar a me desenvolver na faculdade, já que continuo estudando as humanidades. O projeto me fez querer investir mais no meu futuro como pesquisador e produtor de conhecimento”, destacou o universitário, que cursa Jornalismo, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Texto: Samantha Nepomuceno

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