Considerado o maior edital de pesquisa da história da agropecuária capixaba, o +Pesquisa AgroCapixaba tem nova data para encerramento de inscrições: 31 de maio. Pesquisadores vinculados a Instituições de Ensino Superior ou Pesquisa, públicas ou privadas, localizadas no Estado, podem apresentar propostas de projetos de pesquisa científica e tecnológica em rede pelos sites: www.fapes.es.gov.br e www.seag.es.gov.br.
Esses projetos vão subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural sustentável, a elevação da renda dos produtores, o adensamento dos arranjos produtivos, a conservação do solo e o uso racional da água.
O edital, no valor de R$ 14 milhões, representa o maior investimento com recursos próprios já feito pelo Governo do Estado em pesquisa agropecuária. Trata-se de uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (SECTI), e a Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag).
Os projetos de pesquisa poderão ser desenvolvidos em 11 temas: Fruticultura; Mamão; Cafeicultura; Produção Animal; Olericultura; Pipericultura (pimenta-do-reino); Silvicultura e sistemas integrados de produção; Culturas Alimentares e floricultura; Aquicultura e Pesca; Água, solo e agricultura de baixo carbono; e Agroecologia e agricultura orgânica.
Saiba Mais
O edital “+Pesquisa AgroCapixaba” é resultante do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, e é fruto de diálogo e das atividades desenvolvidas no âmbito do Pedeag 3. As linhas de pesquisa foram definidas com base nas demandas que surgiram durante os debates realizados nas mais de 50 oficinas de trabalho em torno dos principais arranjos produtivos da agropecuária capixaba.
Um dos principais desafios apontados durante as oficinas do Pedeag 3 está relacionado ao problema da escassez de água. E a expectativa é de que os projetos desenvolvidos permitam a busca de soluções inovadoras para a mitigação dos efeitos climáticos adversos que o Espírito Santo vem enfrentando nos últimos anos.
Confira, abaixo, as linhas de pesquisa de acordo com os 11 temas abrangidos pelo edital:
Fruticultura (Exceto Mamão)
Linhas de pesquisa:
• Redução da sazonalidade da oferta de frutas;
•Produtos alternativos para controle de pragas e doenças para "culturas de suporte fitossanitário insuficiente (CSFI ou Minor Crops)";
• Colheita, pós-colheita, rastreabilidade e beneficiamento de frutos;
• Melhoramento genético visando a adaptabilidade às mudanças climáticas, resistência às pragas e doenças;
• Sistemas agroflorestais e alternativas de consórcio;
• Tecnologia de produção de mudas de morango;
• Desequilíbrio nutricional (cálcio, magnésio e potássio) na bananeira.
Mamão
Linhas de Pesquisa:
• Desenvolvimento de novas cultivares com: resistência à seca, melhoria da qualidade de frutos (maior teor de sólidos solúveis); menor inserção de fruto; menor carpeloidia e maior vigor no segundo cacho de frutos;
• Adaptação às mudanças climáticas;
• Tratamentos pós-colheita do mamoeiro;
• Embasamento científico para avaliação da extensão de uso de produtos alternativos do controle de praga e doenças (CSFI ou Minor Crops);
• Convivência e controle das seguintes pragas e doenças: viroses, cochonilha; mancha fisiológica ou ácaro.
Cafeicultura
Linhas de Pesquisa:
• Processos e equipamentos para mecanização na produção de café;
• Sistemas agroflorestais ou consórcio para produção de café;
• Colheita e pós-colheita do café visando à melhoria da qualidade do produto.
• Melhoramento genético visando adaptação à seca, ao sombreamento ou às regiões de transição (500-600m de altitude) e colheita mecanizada;
• Obtenção de cultivares propagados por semente para o café conilon;
• Manejo integrado e produtos alternativos para controle de pragas e doenças.
Produção animal
Linhas de pesquisa:
• Métodos de diagnóstico de doenças que afetam o rebanho capixaba;
• Sistemas de adensamento da produção;
• Qualidade do leite;
• Máquinas e equipamentos voltados para pequenos produtores;
• Tecnologias de produção animal e animais adaptados para a convivência com a seca;
• Sistemas integrados como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), lavoura-pecuária (ILP), silvipastoril (SSP) com foco nas condições edafoclimáticas regionais;
• Fontes energéticas alternativas para a nutrição de ruminantes;
• Tecnologias de baixo custo para tratamento e produção de energia renovável a partir de dejetos e resíduos da produção animal;
• Métodos de biossegurança eficientes no controle da sanidade e bem-estar animal.
Olericultura
Linhas de Pesquisa:
• Melhoramento genético visando melhor adaptação às mudanças climáticas e resistência às pragas e doenças;
• Pré-melhoramento para ampliação da base genética;
• Produtos alternativos para controle de pragas e doenças para culturas de suporte fitossanitário insuficiente (CSFI ou Minor Crops);
• Manejo e conservação do solo visando à redução da erosão e da incidência de pragas e doenças;
• Manejo na pós-colheita, processamento, embalagens e rastreabilidade de olerícolas.
Pipericultura (cultura da pimenta-do-reino)
Linhas de pesquisa:
• Melhoramento genético visando melhor adaptação às mudanças climáticas, à seca e resistência às pragas e doenças;
• Pré-melhoramento para ampliação da base genética da cultura;
• Sistemas agroflorestais, consórcio e utilização de tutores vivos na produção de pimenta-do-reino;
• Manejo nutricional e curvas de absorção de nutrientes visando alta produtividade com sustentabilidade;
• Convivência e controle da fusariose;
• Desenvolvimento de produtos e agregação de valor;
• Processos e equipamentos para mecanização da produção;
• Colheita e pós-colheita da pimenta visando à melhoria da qualidade do produto.
Silvicultura
Linhas de pesquisa:
• Adaptabilidade, produção e processamento de espécies florestais madeireiras no Espírito Santo;
• Conservação e uso de recursos genéticos nativos da Mata Atlântica;
• Tecnologia de produção de mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica;
• Produção florestal e geração de renda em áreas de proteção permanente;
• Manejo, produção e processamento de produtos florestais não madeireiros;
• Sistemas integrados como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), lavoura-pecuária (ILP), silvipastoril (SSP) ou agroflorestais (SAF).
• Uso múltiplo de produtos, subprodutos e resíduos florestais
Culturas alimentares e Floricultura
Linhas de pesquisa:
Culturas alimentares:
• Introdução, seleção e resgate de materiais genéticos e sementes crioulas;
• Produtos alternativos para fertilização do solo e nutrição de plantas visando melhor aproveitamento da luz, água e nutrientes;
• Manejo integrado e produtos alternativos para controle de pragas e doenças;
• Consórcio ou rotação de culturas.
Floricultura:
• Seleção e introdução de novas cultivares de flores com adaptação regional;
• Manejo e pós-colheita para as diferentes espécies de flores;
• Propagação vegetativa de mudas;
• Sistemas alternativos de produção de flores (cultivo protegido, hidroponia, produção integrada).
Aquicultura e Pesca
Linhas de Pesquisa:
• Produção, potencial econômico, produtos e subprodutos na marinicultura, carcinicultura, piscicultura e algacultura;
• Melhoramento genético de espécies autóctones para adaptação à produção;
• Processamentos de pescados e aproveitamento de subprodutos e resíduos da produção;
• Produção e nutrição em cativeiro de peixes marinhos;
• Sistemas integrados de produção na aquicultura;
• Métodos e processo de recuperação da biota aquática nativa do Rio Doce.
Água, Solo e Agricultura de baixo carbono
Linhas de Pesquisa:
• Sistemas e manejo de irrigação para o uso racional da água considerando a relação solo-planta-atmosfera;
• Uso racional da água nos processos de produção animal;
• Técnicas de manejo conservacionista de solo e de recuperação de áreas degradadas aplicadas ao Espírito Santo;
• Plantio direto na palha;
• Fixação biológica de nitrogênio;
• Aproveitamento de dejetos e resíduos oriundos da produção animal;
• Sistemas integrados como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), lavoura-pecuária (ILP), silvipastoril (SSP) OU agroflorestais (SAF).
Agroecologia e Agricultura orgânica
Linhas de pesquisa:
• Produção animal orgânica ou agroecológica;
• Melhoramento genético visando adaptação à produção orgânica e agroecológica, com metodologias de pesquisa participativa;
a) Introdução, seleção e resgate de materiais genéticos e sementes crioulas;
• Formas alternativas de controle de pragas e doenças em sistemas agroecológicos e de agricultura orgânica;
• Adubação verde e produtos alternativos para a nutrição em sistemas orgânicos e agroecológicos;
• Colheita, pós-colheita e beneficiamento de produtos.
Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
27 98849-9814 - 27 3636-3700 (27) 3636 -3675
Assessoria de Comunicação Fapes/Secti – (27) 3636.1893
Lucyano Ribeiro – comunicacao@fapes.es.gov.br.